Vivendo a Bahia!

Nascida e criada em São Paulo capital, e há pouco mais de dois anos morando em Lauro de Freitas - BA. Resolvi criar esse blog para compartilhar as experiências, alegrias, diferenças, choques culturais, aventuras esportivas e conhecimentos que marcam essa mudança e adaptação. São histórias e curiosidades da nova rotina que tem seu tom de humor e vale a pena dividir. Isso é Brasil! Sejam bem vindos!!





segunda-feira, 22 de julho de 2013

Desafio Pojuca MTB - Chegou o dia

Desta vez acompanhada do maridão, irmã e sobrinha, saímos cedo, por volta de 6:30 para Pojuca e ainda tínhamos que descobrir como chegar lá. Seguimos de acordo com a explicação que nos deram na noite anterior, tivemos algumas dúvidas no caminho, mas fomos salvos pelo GPS e chegamos sem problemas.
Assim que chegamos me surpreendi com a quantidade de atletas que iriam participar, muito mais do que eu esperava. Encontrei minha equipe de Ramirentos (Ramiro Bike Shopp) que fizeram o grande favor de transportar minha bike até lá.

Pedi a chave do carro que estava com meu marido e fui pegar algo que não me lembro agora. Sentei no banco do passageiro, deixei a chave no banco do motorista. Levantei rápido pra falar com alguém e bati a porta. Putzzzzzzz, a chave!!!! Não, não, não!! Puxei a porta, estava trancada. Fui até a do motorista, e também estava! AHHHHH, SIM, a "cagada" estava feita! Agora, tinha pouco tempo pra arrumar a solução.
Conseguimos alguém, que foi chamar outro alguém e sumiu pra buscar sei lá quem.. não tinha o que fazer, a não ser esperar. Tuuuuuuuudo estava no carro. Capacete, luvas, camelback, água, gatorade, alimentos, suplementos... não só meu, como de meus familiares.
O tempo passava, já estava quase na hora de largar e nada de alguém chegar! Quando chamaram para posicionar na largada, eu quase enfartei e enfim o abençoado chegou! Numa tranquilidade e calma de dar nos nervos, enquanto esperávamos ansiosos que resolvesse logo o caso, o abençoado atendeu o celular, queria puxar papo... Juro, fiquei ainda mais nervosa! Olhava pra trás e tava todo mundo posicionado arrumadinho pra largada. Só meu parceiro Bruno e eu que estávamos fora. Nossaaaaaaaaaa! Não me lembro de ter passado tanto nervoso! Cheguei até a me sentir mal, pura ansiedade!! Não vou nem citar quanto ele cobrou pelo serviço, que começo a passar mal de novo! Deixa pra lá!


Enfim, abriu! Peguei o que lembrei que precisava numa rapidez e corremos pra largada. Foi o tempo da prefeita chegar liberar e fomos! Essa largada na realidade foi simbólica, na praça principal de Pojuca. Pouco mais à frente, quando começava a estrada de terra é que foi a largada oficial. Agora era pra valer!

Largada Simbólica

Largada oficial    Foto: Jacson Tux

O começo da prova foi duro. As piores ladeiras se encontravam justamente ali. Se não me engano, foram 4 ou 5 logo de cara, e por conta da confusão do carro, acabou que nem aqueci direito antes da prova. 
Senti bastante no começo, já que aproveitamos as subidas pra abrir de algumas duplas.
Nunca tinha corrido com Bruno, treinamos uma vez só, mas também não tinha dado pra sentir o ritmo um do outro. Ali, percebi que Bruno estava bem condicionado, se manteve à frente, eu bem que tentava acompanhá-lo e me mantive o tempo todo acima da minha zona de conforto.
Quando chegava em Bruno e achava que ia recuperar um pouco, ele acelerava e eu tinha que me esforçar de novo. Ou seja, foi sofrido! 


Em alguns momentos ele tentou me ajudar, mas de primeira me puxou pelo braço, e eu quase perdi o controle da bike, já que tinha que fazer uma força absurda pra manter. Pedi que me empurrasse pelas costas, ele tentou. Mas aí, as bikes ficavam muito próximas, encostaram e ele caiu. 
Bom, vimos que era melhor ficar como estava. Ele na frente e eu me matando atrás!kkkkkkkk 
Trocamos poucas palavras durante a prova, acho que na maior parte eu não tinha condições...
O sobe e desce diminuiu, o percurso ficou mais plano, entramos numa single track e na floresta. Refrescou um pouco, já que nessa parte não batia sol. Foi quando conseguimos finalmente abrir da Marcelinha Truculenta e Sapo, que desde a largada estavam praticamente junto com a gente mas sempre na nossa frente. Aproveitamos pra acelerar nessa parte, conseguimos impor um ritmo forte (eu na roda de Bruno é claro!! rsrs) 
Chegamos no lamaçal. Um trecho de "inhaca pura". Como tínhamos acabado de passar o casal truculento, tínhamos pressa. Pra ganhar tempo, voltei a minha forma original, bike nas costas e corridinha. Só eu achei que dava pra correr na lama! Aquilo é sabão puro. Subi na bike pra passar pelo cantinho. O pneu escorregou e chão! Dei um "ti bum" gostoso na poça de lama!!! O lado bom é que foi refrescante!! 

Não tínhamos noção de colocação até aí, nessa pressa toda só tinha consumido um gel e enfrentava meus altos e baixos psicológicos em silêncio.
Até que uma boa alma num ponto de hidratação, nos informou que estávamos em segundo lugar, e aí, adeus abalo psicológico, bora acelerar isso Bruno!!!  Quanto falta? Uns 8k. Boraaaaaaaa!!
A empolgação era tanta que aceleramos mesmo!! Poucos km depois, Bruno diminuiu, passei por ele e perguntei o que tinha de errado. Ele respondeu: Cãimbras!
Ah, não! Aguenta aí falei pra ele, já tá chegando! Bora, bora!! 
Justo vai Bruno, afinal eu me matei a prova toda pra te acompanhar, porque você num pode sofrer um pouquinho?? kkkk Eu também já começava a sentir alguns sinais de cãimbra na panturrilha... mas ignorei!
E Bruno valentemente também ignorou as dores dele, chegamos no asfalto, sinal que o fim estava bem próximo! Acelera tudo!!!! Eis que surge a praça, o pórtico e a chegada! O esforço valeu a pena!!

2ºLugar dupla mista!!




Valeu parceiro!


As 3 primeiras da categoria! Parabéns lindonas!!


Foto: Jacson Tux


Valeu Ramiro Bike Shopp pelo convite, é sempre um prazer participar com vocês!
Valeu Bruno! Esse DNA eu vou falar viu, Ramirinho pedala muito!! Desculpe algum atraso..rsrs


Deixo aqui meu agradecimento especial pro meu trio de apoio: Maridão, Dri e Gigi.
Que madrugaram, esperaram, fotografaram, torceram, apoiaram, cuidaram.....AMO MUITO VCS!
Obrigada!!

Presente mais do que especial da Gigi 

Parabéns aos organizadores. Prova belíssima. Percurso bem demarcado, com pontos de hidratação...tudo perfeito!
Parabéns a todos que se desafiaram e encararam essa prova, principalmente aquele atleta que chegou com mais de 4h de prova correndo e empurrando sua bike. Sua chegada foi emocionante, aplaudido de pé!
Esse é o espírito, não desistir nunca!!!

ATÉ A PRÓXIMA





quinta-feira, 18 de julho de 2013

Desafio Pojuca - Um pouco de história

Neste fim de semana tem o Desafio Pojuca de Montain Bike, percurso de 40k  de muitas ladeiras e alguns single tracks pelo que me informaram. Mais uma vez com a equipe Ramiro Bike Shopp! Obaaaaa!

O interessante nisso tudo, é que, além de todo esse clima de prova e competição, reencontros com os amigos doidos de pedal, ainda conheço lugares incríveis.
Há duas semanas estive em Tanquinho e amei! Apesar de um pouco perdida na prova! rsrs
Dessa vez, vou arrastar marido, irmã e sobrinha de companhia e resolvi pesquisar um pouquinho sobre o lugar que será palco da brincadeira do fim de semana.


Segue informações:

Pojuca



hspace=0 HISTÓRIA DA CIDADE

Com a chegada de Tomé de Sousa, em 1549, pisou as terras incultas da Bahia o intrépido bandeirante Garcia D´Ávila, estabelecendo-se nas terras onde está situado o atual município de Pojuca e partiu para o desenvolvimento de densa floresta; contribuindo para o povoamento da região, posteriormente, introduziu-se Mata de São João, onde se edificou o castelo da torre. Data de 1612 o movimento colonizador, verificando nas terras marginais dos rios Pojuca, Jacuípe e Joanes, que se atraíram pela sua fertilidade, diversos colonos, os quais ali se fixaram, fazendo erguer-se das matas incultas, pequenas comunidades.
A primeira povoação surgida no território do atual município data de 1684, quando se fixaram às margens do Rio Pojuca, onde está situada a cidade do mesmo, as famílias Freire de Carvalho, Veloso e Saraiva, que fizeram construir moradias e engenhos, atraindo para o desenvolvimento da nascente diversos colonos.
Com o decorrer do tempo, foram surgindo as primeiras casas e as principais ruas, conhecendo a povoação apreciável progresso, uma conseqüência lógica do seu aumento populacional.
O Distrito criado pela Lei Municipal de 5 de setembro de 1892, figura na divisão administrativa do Brasil, relativa a 1011 com o componente do município Sant'Ana do Catu.
Em virtude da Lei Estadual N° 979 de 29 de julho de 1913, criou-se o município de Pojuca, com o território desmembrado de Sant ´Ana do Catu (atual Catu), começando a chamar-se assim a partir de 26 de outubro de 1913.
Na divisão administrativa do Brasil, concernente a 1933, o município de Pojuca apresenta-se subdividido em dois distritos, o da sede e o do Miranga, mantendo-se essa formação distrital nas divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1937, como também no quadro anexo de decreto Lei N° 10724 de 30 de março de 1939.


Significado do Nome

O termo Pojuca, segundo Teodoro Sampaio, é corrutela de iapó-iuca, que significa o pântano, o estagnado, o podre; para os naturais é usado o gentílico “pojuquense” ou “pojucano”.


Gentílico:
pojucano, pojuquense

População:
33.064 habitantes

hspace=0 CARACTERÍSTICAS:
As atividades econômicas do município são bastante diversificadas: Agricultura, pecuária, extração de petróleo e gás natural, indústrias, comércios e serviços.

Clima:

Temperado

Temperatura Média
Sua temperatura média é de 24.7°C bastante confortável principalmente em dias de verão.
hspace=0 COMO CHEGAR

Localização
Fica situada a 76,1 km (1h e 12 minutos - BR 324 e BR 110 e 1h e 33 minuntos - BR 324) da capital baiana, na Região Metropolitana de Salvador.
Limites
Catu, Alagoinhas e Araçás ao Norte; Mata de São João, ao Sul; Itanagra ao Leste e São Sebastião do Passe ao Oeste.
Acesso Rodoviário
Suas principais rodovias de acesso são: BA-093, BA-504 e BA-507.
Distâncias 
67 km

hspace=0 TURISMO:

Resumo:

Principais Pontos Turísticos:

Rio Pojuca
Banha todo o município de oeste para leste, num percurso de 60Km aproximadamente e a cidade encontra-se edificada a sua margem esquerda, originando-se daí o seu topônimo.

Parque industrial

Construído numa área de mais de 58 hectares de terras o PIP já está abrigando importantes empreendimentos gerando emprego e renda para o município.
Pojuca está localizado de forma centralizada, portanto e considerada cidade entroncamento pela viabilidade com os municípios de Simões Filho, Camaçari, Dias Dávila, Catú, Alagoinhas, Itanagra, Araçás, Mata de São João, São Sebastião do Passe, Esplanada, Entre Rios e Rio Real. O Parque Industrial de Pojuca conta com os acessos pela BA 093 e BA 533 e reserva a potencialidade de estar a apenas 32 km do Pólo Petroquímico de Camaçari e a 38 km do Porto de Aratu em Candeias reconhecido nacionalmente por sua tecnologia de automação.
hspace=0 EVENTOS:
Calendário de Janeiro a Dezembro:
 Festas tradicionais:
O município realiza com brilhantismo diversos festejos populares, mantendo bem viva a tradição local, que tanto tem contribuído para o enriquecimento do seu folclore.
- A festa do padroeiro Bom Jesus da Passagem, que tem dois aspectos, religioso e profano, é realizada no último domingo do mês de janeiro. Aspecto religioso: consiste no novenário, seguido de alvorada e procissão. Aspecto profano: com desfile de baianas até a Igreja matriz, encerrando com lavagem das escadarias da mesma.
- Festa de São José da Várzea e do caboclo em Central, com barracas de comidas típicas e a procissão (ocorre no mês de maio).
- Festa de Santo Antônio
- Bumba-meu-boi (Boi janeiro)

- Quadrilhas de São João.
- Terreiros de cultos afro-baianos
- No Natal, à semelhança do que acontece em todo o Brasil, ocorre à meia-noite, a tradicional missa do galo. Normalmente, no primeiro domingo após a Páscoa, faz-se na cidade a mais popular de todas as festas, a denominada micareta, dela participando seus munícipes e moradores das cidades vizinhas, além de pessoas de Salvador.
Os tradicionais festejos de São João ainda guardam tradição, vivendo antigos hábitos, como o de fazer fogueira em frente às casas residenciais, a queima de fogos de artifícios e o ato de servir licor e canjica de milho verde.
- A festa do São José, padroeiro do povoado do Riachão, realizada no 3° domingo de março também merece destaque.
- A festa de aniversário de emancipação política do município, realizada anualmente, no dia 29 de julho, destaca-se pelo seu brilhantismo, inaugurações de obras realizadas pelo administrador municipal, desfile cívico, participação de entidades e do povo.

Fonte: http://www.ferias.tur.br/informacoes/939/pojuca-ba.html

Nos vemos por lá!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

3ª Etapa CICA - PELEJA

O cenário da brincadeira foi o município de Tanquinho, aproximadamente 40k de Feira de Santana -BA
Ao chegarmos logo cedo, o sol nascia, e a neblina dava lugar a uma vista animadora! O dia só estava começando!




Já nos aprontando próximo a largada, bem na frente de um morro (o mesmo das fotos acima, apenas outro ângulo) já imaginávamos que teríamos que buscar um PC no cume.... será que vamos ter que subir lá?
E assim que pegamos o mapa, a certeza! Sim, era exatamente o primeiro desafio. PC1.



Largamos pontualmente as 8h, e ainda estávamos ligados no modo "competição". A ideia era acompanhar o primeiro pelotão. Logo na subida do morro praticamente no meio, tinha uma bifurcação, aí começou a corrida. Equipes iam e vinham e nada de PC. Vai no cume, pega a referência das antenas, da estrada...bate o azimute, e nada de PC. Realmente tava todo mundo perdido. Em algum momento, não me lembro exatamente qual, todo aquele blá blá blá que escutávamos por trás da vegetação. Sumiu. Tudo quieto. Sobramos.
Nessa hora, erámos 3 equipes, e decidimos sair juntos de lá. A prova começaria na transição para bike.
Nesse meio tempo, o modo competição foi desligado, e entrou em ação o modo "curtição". Arnaldo começou a filmar,  Italo e Bruno se concentravam no mapa para achar a saída e Walter a fazer piadas da situação, afinal, íamos fazer o que? Estávamos perdidos!

Quando finalmente chegamos na área de transição para pegar as bikes, fomos informados que o último que tinha passado antes da gente, fazia apenas mais de 1h que tinha passado! Putz, estávamos bem atrasados!

Arnaldo ligou o modo competição de novo, e ja avisou: Essa perna de bike vai ser forte, vamos tirar a diferença e alcançar pelo menos uma equipe mista.
Opaaaa! Demorou, vamos lá!
O percurso de bike foi tranquilo, não tivemos problemas de navegação e imprimimos um ritmo forte.


Chegando na transição para o segundo trekking, fomos informados do tempo da última equipe e realmente tínhamos conseguido tirar uma diferença boa no tempo, ou seja, nada estava perdido. Só a gente!! rsrs
Não demorou muito e reencontramos a dupla Walter e Bruno, que foram nossos companheiros perdidos no PC1. Ficamos juntos novamente. Nossos navegadores Arnaldo e Bruno, se juntaram em palpites, idéias de caminhos para prosseguir. Infelizmente nessa parte, num posso ajudar. Acho que ajudo ficando quieta sem reclamar.. Walter, era engraçado, tudo pra ele virava piada, e assim o tempo foi passando, a gente se perdia, se achava, ou achava que se achava! kkk




O fato é que demoramos muito no começo, e quando chegamos no PC6 no segundo trekking, após confirmar 1000x vezes que só poderia ser aquele lugar, só tinha uma explicação. Demoramos e o PC já foi embora! O jeito foi tirar uma foto e continuar. E lá estávamos nós no modo curtição de novo, dessa vez até o fim da prova. Interagindo com o ambiente, tirando alguns insetos estranhíssimos que insistiam em pegar carona na minha roupa, e até a caranguejeira que Walter avisou que estava pertinho de nossos pés enquanto resolvíamos pra onde seguir, o jeito foi dar um passo pra trás e mudar o assunto, num tinha pra onde correr mesmo!
O corte foi inevitável, mas íamos terminar de qualquer jeito! Em algum momento, encontramos alguém da organização, que disse que estavam à procura de 4 equipes desaparecidas. 2 estavam na frente dele!! kkk
Ele confirmou que os PCs já tinham saído, mas pedimos para terminar a prova e ele nos liberou.

Já um quarteto declarado, foi resenha até o fim... muitas risadas e alguns sustos como a manada de búfalos que corria por perto e enquanto admirávamos aquela cena, resolveram mudar a direção, e escolheram a nossa! Imagina a correria! Ainda bem que já estávamos perto da porteira, ufa! Tomamos um susto!
Resgatamos as bikes abandonadas, e seguimos até a chegada exatamente 8h depois da largada! 
Mais um dia de aventura chegava ao fim, foi bom demais!
Arnaldo, no modo competição ou no curtição é sempre ótimo correr com você na OLHANDO AVENTURA!



A próxima será a NOITE DO PERRENGUE! Aliás, estou à procura de um parceiro navegador, já que o meu dessa vez estará na organização.

Valeu!

Parabéns a organização! Delícia de prova!



segunda-feira, 1 de julho de 2013

De volta ao surf!

Mais de ano sem encostar na prancha, assim não dá! Intimei o maridão: Ou a gente volta a surfar, ou vendemos as pranchas!(Lógico que não...só pra ver se surtia efeito kkk) E não é que deu certo???

Marcamos que o retorno seria na nossa semana de folga, e que o cenário seria Itacimirim. Sem pedras, ondas gordas, essa praia é o paraíso do long board na região. Lugar perfeito pra testar se ainda tínhamos alguma habilidade!

Acordei cedo na sexta-feira, estava garoando. Imaginei que o Alê fosse desistir do nosso programa ao ver a chuva. Deixei ele dormir mais um pouco, na esperança que a chuva parasse antes que ele pudesse desanimar... enquanto isso fui fazer café, levar o Léo no banheiro....

Na volta, dei de cara com o Alê no corredor de casa, ainda meio tonto de sono, mas já se arrumando. Ele comentou sobre a chuva, mas não pareceu ligar. Confesso que não acreditei a disposição do maridão, já que esse horário só quer saber da cama.

Na estrada a chuva estava forte, e devo admitir que eu fiquei na dúvida se entraria na água, pois estava com frio. Mas esse pensamento passou rapidamente. 

Na chegada, antes de tirar as pranchas do carro, fomos dar uma olhada nas condições do mar. Estava perfeito para o retorno. Rolando meio metrinho, abrindo e só tinham 2 surfistas na água, ninguém na areia, praia quase deserta como eu nunca tinha visto.... que delíciaaaaaaaaaa! 

Já bateu aquela empolgação surfística e fomos pegar as pranchas quase que correndo.

Tirei a minha da capa e ainda tinha que colocar as quilhas. Nossa quanto tempo que eu não olhava a PIETRA (sim, é nome da minha prancha). Enquanto eu admirava minha companheira e lembrava de tantos momentos bons e alguns sustos que tomamos juntas, o Alê disse que não conseguia abrir a capa.
Ah, tá de brincadeira!! Fui olhar e realmente, o zíper emperrou de um jeito que nada abria. Putz, e nessa tentamos de tudo, chave do carro pra empurrar, graveto que achamos no chão, chave de quilha.....e nada!

A paciência dos dois estava acabando já, afinal, nessa brincadeira já tinha passado quase meia hora e tinha voltado a chover. 

A melhor ideia que tive foi bater numa casa, pedir uma faca, e mandar bala na capa! O Alê num  gostou muito da ideia, mas a verdade é que não tinha uma melhor. 

Tá, vamos pensar mais um pouco. Quando olhei um caseiro, com algumas ferramentas pra mexer na caixa de luz de uma casa alí perto.

Pronto, resolvido! Ele deve ter um alicate! Ufa! E não é que tinha mesmo! Abriu!! Bora cair na água!

A arrebentação não exigia grandes esforços pra passar, mas entrar na onda sim! kkk Pelo menos na hora que entramos, porque depois melhorou um pouco.

Lembrei da época de Clinica Surf, onde tudo começou. Onde aprendi a surfar, depois virei instrutora e tudo isso na época em que o Alê e eu começamos a namorar (faz tempo!!), e justamente o surf, nos aproximou ainda mais!

Nas primeiras tentativas, estava sem "time", acabei tentando subir antes da hora e saí da onda, ou faltava a "última remada" mas, em pouco tempo, entrei certinho e já peguei uma paredinha longa! Nossa, euforia total! Como é que consegui ficar tão longe dessa sensação maravilhosa? Essa sincronia com o mar, o som da onda estourando atrás de você, é um momento indescritível e inesquecível! 

O mar apesar de pequeno, estava perfeito para a diversão! E a hora que o Alê pegou uma abrindo esquerdinha e foi embora, voltou com aquele sorrisão largo no rosto, exatamente de como lembro de muitos anos atrás e muitas sessões juntos, nem parece que passou tanto tempo!

Prometemos que não ficaremos mais distantes do surf. Logo mais, TEM MAIS!!

Boa semana!!