Vivendo a Bahia!

Nascida e criada em São Paulo capital, e há pouco mais de dois anos morando em Lauro de Freitas - BA. Resolvi criar esse blog para compartilhar as experiências, alegrias, diferenças, choques culturais, aventuras esportivas e conhecimentos que marcam essa mudança e adaptação. São histórias e curiosidades da nova rotina que tem seu tom de humor e vale a pena dividir. Isso é Brasil! Sejam bem vindos!!





segunda-feira, 20 de maio de 2013

INFILTRAÇÃO: O relato, o desabafo, a esperança! RD 2013


Sempre achei um método meio invasivo. Mas sabe aquela história, nunca diga nunca? Pois é...apelei.
Desde que fiz a cirurgia no pé em julho do ano passado, ele nunca mais me deu paz. O local da dor mudou, não tem nada a ver com o operado, mas acredito que foi uma consequência dele, já que retornei aos treinos sentindo um incômodo devido a fibrose que formou da cirurgia. Inconscientemente minha pisada que já é pronada, ficou mais ainda acentuada nos sesamóides (pelo menos eu acho) e uma vez inflamados, a rotina era de dor e fisioterapia. Parava de correr durante algumas semanas, tentava manter o condicionamento nadando e pedalando, continuava na fisio, fazia gelo várias vezes ao dia, tomei muito anti inflamatório e nada. Minha paciência acabou, sentir dor é extremamente irritante, e acabei apelando para a infiltração. 
A aplicação é meio desagradável, mas nada que apertar a mão do marido não resolva..rsrs Dois dias de repouso e depois vida normal. Quando começa essa "vida normal" você ainda sente dor, mas parece que a cada dia ela diminui um pouco, e quase uma semana depois, o milagre acontece. Cadê a dor? Foi assim que fiz a prova de janeiro do CT, SEM DOR, finalmente depois de muito tempo sem saber o que era isso.
Segundo o médico, a infiltração pode resolver o problema definitivamente, ou não. Nesse caso, seu efeito passará em mais ou menos 1 mês.
E passou. Cheguei a fazer treino longo de corrida de 24k pra Maratona de São Paulo, mas quando soube que foi adiada, parei com os longões e diminuí bastante o volume de treino de corrida. Aumentei outras modalidades. Ainda assim, uma vez ou outra, comecei a sentir o pé incomodar, mas não era nada demais. Aos poucos a dor foi ficando mais intensa e sentia pra tudo, pedalar, nadar... e chegou a hora de retornar ao médico. Continuei treinando na medida do possível. Treino de tiro, nem pensar. Só conseguia correr em ritmo confortável, e mesmo assim, até aquecer era um sofrimento. E quando esfriava depois do treino era terrível. Ruim mesmo, era ao acordar, depois de muito tempo parada, levantar e andar era impossível. Alongava bastante antes de sair da cama e ainda saia mancando.
Não queria parar de treinar de novo, afinal, foi muito tempo que me privei dos treinos para ficar 100% sem sucesso, então já que era pra ficar ruim, que fosse treinando. (sim, eu sei que estou errada).
Novamente cheguei no limite da dor, e juro que não sou fresca, aguento bastante, mas no dia que fui fazer um trote leve na areia e chorei de dor, foi o limite mesmo! E logo agora faltando pouco pra meia maratona Running DAVENTURA, exatamente como no ano passado quando corri já com cirurgia marcada. POXA, é a corrida que mais gosto de fazer, por ser 100% no mato, e pelo 2º ano to quebrada.
No auge da dor, pensei em me aposentar da corrida, e procurar algo menos lesivo pra fazer. Lembro no ano passado, pouco mais de um mês após a cirurgia, estive em São Paulo a trabalho, e não estava nada bem, o pé incomodava muito e acabei visitando um médico no Eistein. Que me fez sentar com as pernas estendidas e analisou toda posição anatômica. E após uma análise detalhada, ele disse sem dó nem piedade: Você gosta de correr né? Mas o que pretende correndo? Respondi que queria correr na ELITE do atletismo baiano. E veio a dura verdade: Você não foi feita pra correr. Suas pernas e pés, não tem uma posição favorável para ter alto rendimento, e mesmo que você treine muito, vai lesionar antes de alcançar o que deseja. Você já é vitoriosa pelo que corre hoje. Não preciso dizer que deletei essa conversa da minha cabeça, mas agora, machucada de novo e sem correr tanto, foi inevitável não pensar no assunto. Acho que ele tinha razão.
Voltei ao meu querido e paciente ortopedista, que me sugeriu sessões de fisio, mas só de pensar no tempo que ia levar pra dor passar, perguntei se não podia fazer uma nova infiltração. Na verdade, estava sonhando com ela. Ele aceitou. Marcamos para o mesmo dia.
Dessa vez a sensação no pé foi diferente, e nem tive tempo de ler na guia o que seria aplicado porque o enfermeiro logo pegou da minha mão, mas foi outra coisa não foi Dr?
Ficou mais dolorido e roxo do que a primeira vez, precisei tomar anti inflamatório, mas consegui estar bem para treinar o último longão antes da Meia Maratona do RD. Não estou no melhor da forma física, pois treinos de tiro fazem muita diferença, mas o que realmente importa hoje é fazer a prova com conforto, sem dor.
Claro que depois disso, não vou abusar muito, vou tentar focar na MTB e corridas de aventura, onde o trekking é mais curto e o ritmo menor. 
Não quero que esse alívio seja temporário, tá na hora de ter paz e dar paz ao médico Dr. Daniel, que não deve mais me aguentar reclamando, vida de médico também não é fácil, e meu marido que tem que aguentar o mau humor que tanta dor causa...
Deixa eu curtir meu momento de paz SEM DOR!!
Vamos que vamos, que nesse sábado tem meia maratona!!!
Boa semana!

                                Largada RUNNING DAVENTURA - Castelo Garcia Dávila



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