A história de Malala

Segunda-feira, 22 de outubro, Feriado dos Comerciários.

O dia amanheceu lindíssimo! Dia de folga, resolvi levar Leozinho pra brincar na praia. Apesar do meu filhote não saber se comportar muito (come areia e toma água do mar) e depois passa mal, é tontinho mesmo!! Mas a alegria com que ele corre de um lado pro outro, brincando com as ondas....compensa!!! 

Enquanto estávamos curtindo a praia, chegou minha tia Zu, ficou um pouquinho com a gente e partiu pra sua caminhada no calçadão. Pouco tempo depois, voltei pra casa, afinal, ainda tinha que dar um banhão no Léo e secar (missão quase impossível) como é dificil secar!!

Depois do trabalhoso banho, eu estava sentada no jardim do condomínio com o Léo, naquele solzão pra secar e escovar seu pêlo.

(Pra quem não conhece tia Zu, aproveito para apresentá-la. É uma pessoa pequena (de estatura) mas com um coração que num cabe nela de tão grande! É daquele tipo raro que se preocupa mais com os outros do que com ela mesma. Se pensou em precisar de alguma coisa, ela já está lá pra ajudar. Essa atitude se estende e dobra quando o assunto é animal. Passarinho, cachorro e por aí vai, mas a grande paixão da vida dela são os felinos. Tia Zú não pode ver um gatinho na frente que se derrete. Exatamente por isso, ela já tem uma filha, a Manchinha. Uma gatinha linda e bem encrenqueira que ela adotou há mais de 1 ano.)

Apresentação feita. Voltemos à história.

Minha tia aparece correndo desesperada, falava e chorava ao mesmo tempo, ia de um lado pra outro, meio perdida, sem saber o que fazer primeiro. Só entendi que ela queria que alguém fosse com ela até algum lugar. No meio daquela confusão, vizinho vindo ajudar, minha mãe pegando vassoura e os gritos de minha tia, entendi o que acontecia.

Segundo ela, alguém tinha jogado um gato amarrado num saco dentro do rio. Isso mesmo! Também custei a acreditar, afinal, como alguém pode ser tão cruel????

Enquanto eu pensava se deixava o Léo em casa, ou se ia com ele (mas levar o Léo pra pegar um gato não ia dar certo) todo mundo tinha desaparecido.

Então, fui com Léo na coleira até o outro lado do condomínio onde dava pra ver o movimento de longe no rio. Já estavam tirando o "embrulho" da água. Putz, era verdade..... e rapidamente minha tia já agarrada naquele pequeno gatinho assustado que pingava, corria pra casa. Mais uma vez não pude chegar muito perto, porque meu filho canino não permitia.

Horas depois...

Fui fazer uma visita...

A gata estava sequinha e cheirosa, minha tia mais do que depressa deu um banho, secou e alimentou. A gatinha muito linda, apesar do sufoco que havia passado há pouco, se mostrava extremamente mansa e à vontade naquela casa...e com um sono....dormiu.

Com a gata seca, segura e dormindo, hora de saber de Tia Zú como tudo aconteceu:

Quando voltava da caminhada no calçadão, resolveu mudar o caminho no último quarteirão e voltar pela rua (inédito, Tia Zú nunca voltou pela rua) andando pela calçada ao lado do Rio Sapato, ouviu uns gritos de desespero e logo bateu o olho num saco no meio do rio. O saco já estava lá, não viu ser jogado. Desconfiava ser um gato, mas não sabia ao certo o que iria encontrar. O fato é que ali dentro tinha uma vida por um fio. Aí começou a correria....

Minha tia relatou, que o saco em que o gato se encontrava era daqueles resistentes de ração de cachorro de 15kg e estava muito bem amarrado. Mais uma vez pergunto: Como alguém pode ser tão cruel???

A gatinha precisava ser batizada e muitas sugestões de nomes foram dadas. Tigresa. Mona, Vida....mas virou mesmo Malala, em homenagem a jovem paquistanesa que levou um tiro por querer ir à escola.

Ela é muito linda, olha só!

Minha tia resolveu adotar Malala em definitivo, mas a dona da casa Manchinha, ainda não tinha voltado do seu passeio matinal. E a pergunta era: Qual será a reação de Manchinha?

Quando Manchinha chegou, Malala dormia e assim continuou. Ficamos todos imóveis observando sua reação. A expressão dela é indescritível, parecia dizer com os olhos: Quem é ela e o que faz aqui? Cheirou, cheirou, virou as costas e se mandou.

Tia Zú estava num dilema. Pelo que nos falaram, em alguns dias e algumas mordidas depois elas iriam se entender.

Dois dias se passaram, Manchinha estava irredutível, nervosa e bem agressiva com minha tia, isso quando dava o ar da graça, pois agora passava a maior parte do tempo na rua.

Mais uma vez, o destino deu seu jeitinho de ajeitar as coisas, e comentando com uns e outros sobre a história, eis que surgiu Elayne, professora da praia muito interessada em adotá-la, mesmo sem conhece-la.

Tudo certo, Elayne e sua filha foram buscar Malala, e foi paixão a primeira vista.

O nome foi mudado para Estrela, muito próprio também, já que a estrela dessa gatinha não parou de brilhar nem um instante permitindo que sobrevivesse a tudo isso.

Tudo certo no final, história com final feliz!!!

Deixo aqui, minha singela homenagem a Tia Zú, pela grandiosa atitude de salvar essa vida.

Bom fim de semana!!

Curso de navegação FBCA

Já fazia um tempo que eu pensava em fazer um curso de orientação. Na verdade não só por gostar de corrida de aventura, mas pra vida mesmo, quem me conhece sabe que sou totalmente desorientada. Me perco com facilidade em qualquer lugar, e isso me incomoda profundamente. Igualzinho alguém....né mãe!?

O fato é que tive oportunidade de participar de algumas provas de aventura, mas nunca cheguei nem perto do mapa. 

Nos briefings, eu deixava os meninos organizando tudo e ia tentar dormir pra estar descansada na prova. Na competição,durante as paradas para ler o mapa e saber pra que lado seguir ou confirmar se estávamos no rumo certo, eu aproveitava para me alimentar, hidratar e até fazer xixi, ou seja, meu grau de intimidade com mapa e bússola, era zero! 

Essa oportunidade que a FBCA (Federação Baiana de Corrida de Aventura) proporcionou, caiu como uma luva.

A convite de Gustavo (Gaia) resolvi participar. Era o segundo encontro, desta vez prático, mas sem ter a teoria, como eu poderia participar da prática??? Gaia garantiu que faria uma parte teórica antes.

Local do curso: Parque de Pituaçu. Que por sinal eu também não conhecia, e minha prova de orientação começou aí! Na noite anterior meu marido me ajudou, com o mapa no google, me fez decorar os pontos de referência. E assim minha primeira prova foi completada com sucesso. CHEGUEI!!!

Não tinha muita gente, por volta de 13 pessoas entre alunos e monitores. E o astral do povo no início já demonstrava que a brincadeira ia ser divertida, então vamos lá, primeiro a teoria.

Gaia orientou sobre os princípios básicos de como utilizar a bússola e já foi o suficiente pra perceber que a minha ia dificultar a vida, era muito simples. Eis que surgiu Arnaldo para emprestar a dele. Valeu Arnaldo!!

Marcados os PCs (Posto de controle),  fomos todos juntos até o primeiro. Lá ainda ficamos um tempo tirando dúvidas, recebendo algumas orientações e, hora de formar as duplas.

Tínhamos 3 PCs pela frente, utilizando os conhecimentos recém adquiridos. Para isso tínhamos que aguardar alguns minutos para nossos orientadores chegarem nos PCs, e a partir daí, uma dupla largava a cada 2 min.

Hugo e eu, fomos os primeiros. Pra entrar no clima, já saímos correndo até o ponto em que tínhamos certeza. Deste ponto em diante fazíamos paradas pra conferir no mapa, uma entrada, uma bifurcação e bora correr de novo! Logo encontramos Gaia no 2º PC. Que orgulho!! O primeiro PC na vida que eu participei da navegação! Gostei da brincadeira, vamos para o próximo!

Seguindo para os próximos PCs, (tinha mais 2) cruzávamos com algumas duplas. Por algumas vezes seguíamos juntos. Encontramos  o terceiro. 

 A caminho do quarto Pc, após procurar bastante e entrar numa parte mais fechada habitada por inúmeras teias gigantes e muita tiririca como dizem aqui (aquele matinho que corta e ardeeee!!) percebemos que a trilha já tinha sido fechada pelo mato. Ficamos com gostinho de quero mais. Então, retornamos até o Pc 3, Gaia marcou mais 2 Pcs no mapa e lá fomos nós encontrá-los.

Eu e meu parceiro erramos a trilha que imaginávamos estar. A melhor parte é que chegamos no Pc pelo lado  errado, mas chegamos! Sorte de principiante!! Seguimos para o último. De lá, juntamos todos e dividimos em 2 grupos para retornarmos ao ponto de partida e finalizar o curso.

Nesta hora, retornando, foi possível conversar um pouco mais com todo mundo. Um pessoal muito bacana, com histórias engraçadíssimas de aventuras, demos boas risadas e aproveitamos pra fazer umas fotinhos...

                                     Não podia deixar de documentar a lembrancinha das tiriricas!!

Valeu pessoal! Foi ótimo! Agora é praticar!!!

Agradecimentos:

Gaia, obrigada pelo convite e orientações.

Arnaldo, obrigada novamente pela bússola e orientações.

Italo, pelas muitas orientações.

Hugo, meu parceiro do dia pela companhia e cuidados. (por exemplo de passar na frente pra cortar as teias e me livrar delas..rsrsr)

Todos que participaram que tornaram a manhã mais divertida. Boa sorte na prova do dia 21! Uma pena não poder estar com vocês!! Mas não faltará oportunidade!

Parabéns FBCA, pela iniciativa e incentivo!

Senta que lá vem a história

Senta que lá vem a história...

Hoje ele chegou! Finalmente! 

Alguns meses atrás, resolvi comprar um carrinho, bem básico, daqueles que num tem nenhum opcional, só ar condicionado, porque Bahia é fogo!! Foi aí que ví o anúncio na tv de um feirão que aconteceria naquele fim de semana que chamava "COMBATE DAS MARCAS" com IPI reduzido e mais alguns descontos. Me pareceu uma excelente oportunidade para adquirir meu meio de transporte.

No sábado de manhã dia 16/06, fui cedo lá no Centro de Convenções acompanhada pelo meu marido, minha irmã e sobrinha. Fui direto ver os dois modelos mais baratos enquanto meus acompanhantes iam conferir os lançamentos. Modelo decidido: ká. Mas que cor? Sólida, claro, já que o foco principal era o menor preço. 

Segundo o vendedor, o vermelho era o único que tinha pronta entrega,  mas com esse sol, ia desbotar rapidinho... 

Ele continuou...o preto te entrego em 20 dias, já o branco só daqui há 3 meses. O que? 3 meses? Eu fico com o preto então.

Tudo certo, deixei um $inal e fui embora contente com a aquisição. Mas, como dizem....alegria de pobre dura pouco.

Na semana seguinte fui na loja assinar alguns papéis, ver acessórios (só friso lateral, porque a galera aqui num tem muito cuidado com o carro que está estacionado ao lado), e nesse dia o vendedor mudou o discurso de 20 para 30 dias a entrega. Já não gostei, mas tudo bem.....

Queria pegar o carro antes da cirurgia no pé, mas num teve jeito.

 Depois da cirurgia (11/07), nem me preocupei com a data da entrega, pois não tinha condições nem de levantar da cama, muito menos dirigir.

Após algumas semanas, ainda sem poder me locomover muito, já me incomodava o fato de simplesmente não ter notícias sobre a data de entrega. Afinal eu já tinha pago parte do carro e queria na minha garagem mesmo que fosse ficar estacionado.

Liguei na loja e me deram o prazo de 1 semana...

Que virou 2 semanas...

Que virou 3 semanas.. Ah não, chega!

Entrei em contato de novo, dessa vez não tão educada, afinal, a paciência já estava por um fio.

A explicação era que a fábrica da ford de São Bernardo, onde o Ká é fabricado, ficou sem funcionar por 15 dias, atrasando tudo, então que meu carro, nem no sistema da loja estava, ou seja, nem faturado nem nada..ele simplesmente não existia.

Até que, quando eu dei a data limite da minha paciência ameaçando desfazer o negócio, milagrosamente o carro foi faturado e solicitaram que eu fizesse o restante do pagamento.

Quando recebi a nota fiscal, entendi que o carro havia chegado e quitei no dia seguinte.

Na data da entrega, combinada uma semana antes, liguei pra confirmar e qual a surpresa? 

A desculpa dessa vez foi: Senhora, a cegonha ainda não chegou, provavelmente amanhã.

Eu já estava surtando e no dia seguinte cadê a cegonha? Nada!

Recebi a santa ligação dia 22/08. Para retirar no fim da tarde do mesmo dia. Como não podia, combinei no dia seguinte de manhã. Sabendo que tudo é bem "rápido" aqui, apareci na loja só de tarde, pra garantir que estaria tudo pronto. Dessa vez, acompanhada pelo meu pai que veio passar uns dias com a gente.

Advinha, estava pronto? Nãoooooooooooooooooooooo

Cadê as placas e o documento? Até poderia tirar o carro do jeito que estava, mas como teria que voltar no dia seguinte, preferi deixa-lo. Não pude ir, então meu pai fez o graaaaande fazer e pega-lo para mim.

E hoje, 24/08, finalmente ele chegou!!!!

EEEEEE Bahia, eu te amo....mas você me apronta cada uma!!!!

Ah, e o nome dele?? Sim, todos meus carros tem nome. ENCANTADO!! Porque esse definitivamente estava né??

Bom fim de semana...

Um dia de cada vez...

Quando cheguei aqui, imaginava voltar pelo menos uma vez por ano pra Sampa, para visitar parentes e amigos aproveitando a estadia para colocar a saúde em dia, ou seja, fazer revisões, passar por médicos, realizar exames... enfim, tudo. Santa ignorância!! Em todos os sentidos... não foi por maldade, apenas que durante os 30 anos de minha existência, minhas referências sobre tudo na vida, estavam lá em São Paulo. Querendo ou não, era hora de mudar. O tempo por aqui, iria se encarregar disso. Assim foi. Primeira vez no pronto socorro, primeira consulta no médico, primeiro exame de laboratório...e por aí vai. Posso dizer que em muitos aspectos, a expectativa foi superada, em outros, nem tanto.

Hoje, após 2 anos de vivência na terrinha e totalmente adaptada aos costumes e manias. (tanto, que a última vez  que estive em Sampa há 2 meses, até estranhei o sotaque) chegou a hora de encarar a primeira cirurgia.

A qualidade de vida que aqui encontrei, o horário flexível na minha nova atividade profissional me deram a oportunidade de levar o esporte mais a sério, oportunidade essa que não desperdicei. Mas, quanto mais longe você chega, maior o risco de lesões. Apesar de sempre tomar muuuuuuito cuidado com exageros e sempre respeitar as recuperações, por mais difícil e chato que seja, ainda sim fui pega de surpresa. O neuroma de morton estava lá pra me atrapalhar. Foram 3 meses tentando de tudo. Palmilhas, calçados, pomadas, fisioterapia, antinflamatórios e nada. Quer dizer, até aliviou um pouco, porém não foi o suficiente. Eu conseguia correr e participei de algumas provas, mas sempre sentindo que ele estava lá. E acelerar? Nem pensar! Se fizesse essa força extra para aumentar a velocidade e jogar mais peso no peito do pé para propulsão, aí sim era como um choque, eu ia até a lua e voltava de tanta dor. Não tinha mais o que tentar, o jeito era entrar na faca. 

A cirurgia é relativamente simples. Só abrir entre o 3º e 4º metatarso, retirar o neuroma e fechar. Após 2 semanas retirar os pontos e mais 2, vida normal. A única incógnita é que com a retirada do nervo, a sensibilidade da região afetada é perdida. Será que vou acostumar com isso? Logo saberei....

Preparei a cabeça pra ficar parada, fiz um treino mais puxado para me despedir das pistas temporariamente. 

Chegou o dia. Eu estava feliz de me livrar daquilo de uma vez por todas e segura, pois o médico que iria realizar o procedimento é referência aqui na Bahia, uma fera. Então, só me restava ficar tranquila. 

A alegria durou pouco, já na ida para o hospital, o dia estava horrível, garoando sem parar e o trânsito estava o caos. Meu marido nos deixou lá e seguiu para o trabalho, minha mãe ficou para me acompanhar.Chegamos para a internação com uns 40min de atraso , nada que comprometesse a agenda. Fomos para o quarto, já me troquei (aquele avental e touca terríveis) era só aguardar. O tempo foi passando, passando, passando e cadê o médico? Ligamos no celular dele e nada. Tempos depois, veio uma posição do centro cirúrgico. Ele iria atrasar. Ah, que novidade!!! Como se já não estivesse nem um pouco!!! Eu, já quase  há 15h de jejum estava p..........da vida. Morrendo de fome! Enfim, após 3h de atraso, ele chegou.

Lá, já na "boca do gol" quando a anestesista disse: Você vai sentir tontura e depois um soninho bom...

Realmente, depois dessa sensação, apaguei na hora. Acordei com a anestesista me chacoalhando, dizendo que estava tudo bem e elogiando minha frequência cardíaca durante o procedimento. 

Ainda meio tonta, parecia que eu tinha fechado os olhos e aberto em seguida, perguntei para a enfermeira quanto tempo tinha passado e ela respondeu precisamente: 1h05min. Na mesma hora, fui liberada para o quarto, pois estava bem. 

Horas depois, eu estava a caminho de casa. Preparada  para encarar os dias longos e tediosos que viriam a seguir.
Hoje, após 5 dias de cirurgia, ainda de castigo no quarto com o pé pra cima sem poder me locomover muito, pois pé pra baixo é sinônimo de inchaço. Melhor obedecer as recomendações médicas para sair o mais rápido possível dessa. Aproveito o tempo para assistir filmes, ler e já  programar os próximos desafios esportivos. 

Por enquanto, vivendo um dia de cada vez...

Agradecimentos:

Primeiramente Maezinha, obrigada por todo cuidado, carinho e mimos nesses dias monótonos, você torna mais fácil passar por isso. Obrigada Gigi, minha sobrinha e enfermeira mirim, toda atenciosa com a Dinda.
Dri, por assumir meu filhote nesses dias. Ele tá adorando o grude com Dinda!

Aos prós queridos: Karen, Elayne e Glauco, por me substituírem nas aulas de spinning e ainda Glauco pelo patrocínio das minhas pernas temporárias (muletas) fundamental!!!

Minhas amigas Carlucha e Paty por todo apoio sempre.

Boa semana!!

Running DAVENTURA 2012 - MISSÃO CUMPRIDA!!

Desde que a dor no pé começou, exatamente dia 7 de abril de 2012, num treino de páscoa com a Paty, amiga, vizinha e super companheira de corrida, minha vida virou uma confusão e a participação no Running DAVENTURA ficou totalmente ameaçada. Poxa, logo agora! O Running é a única corrida (que eu conheço pelo menos) que sai do asfalto para correr na natureza. Quem me conhece sabe que amo o mato, como Paty diz, é meu habitat, e lembra uma corrida de aventura que sou apaixonada, mas nem sempre consigo participar, por falta de equipamento, equipe, logística e por aí vai... 

Mas o fato é que a possibilidade de ficar fora dessa estava me matando, ainda mais por ter a novidade do desafio de 21k! O jeito era correr contra o tempo pra poder participar.

Logo que voltei da corrida de aventura no Chile no começo de maio, parei 2 semanas de correr, e para tentar compensar, me matei de pedalar e remar! Iniciei um intensivão de fisioterapia diária, tanto na clínica como em casa. Passadas 2 semanas, eu já sentia um alívio na dor, mas o incômodo permanecia e estava à beira de um ataque de nervos por não correr. Então, voltei às pistas. Treinos leves, pois eu tinha medo que voltasse aquela dor insuportável... 

No dia do coquetel de lançamento do evento, conheci o percurso de 21k, apresentado pelo Gaia e internamente e discretamente sem ninguém perceber, entrei em pânico. Meu pé não iria aguentar....e agora?

No sábado anterior à prova  a Paty me chamou para treinar com o grupo dela, AR23, que iria fazer um "treino simulado" para o Running. Fui. Era o único jeito de saber se eu iria sobreviver. No treino a maior parte foi asfalto mas teve um trecho bem legal de dunas. Resolvi parar um pouco antes deles pois já sentia o pé, apesar de ter passado xilocaína em pomada pra aguentar. Corri 20k no total e o pé piorou. Putz, faltando uma semana... Retornei ao médico e peguei outra guia pra fisioterapia e assim foi: de manhã, a tarde e a noite até a véspera da corrida.

Chegou o dia!

Acordei, coloquei o pé no chão e doeu. Minha mãe, já estava pronta e toda animada para fazer pela primeira vez seus 5k. Minha irmã e sobrinha se arrumavam para nos acompanhar. Sem que ninguém percebesse troquei de tênis mil vezes e experimentei a palmilha de um no outro, a do outro no um...fiz tudo para ver qual me traria um "desconforto" menor. Não teve jeito, xilocaína nele!!

Encontramos o pessoal lá, e toda aquela energia boa e ansiedade de todos os corredores, me deixaram mais tranquila, outro fator que me deixou mais relaxada foi o fato de não estar competindo, não ter que baixar tempo nem nada, hoje o dia era pra curtir o percurso e tentar completar a prova.

 Família Bressy e Família Piedade

Largamos! O começo do trajeto era conhecido já dos 14k que eu tinha feito no ano passado, Paty estava comigo e seguimos num ritmo confortável pra não desgastar logo de cara. A estradinha era de terra, estava um pouco molhada, com lama por causa da chuvinha que caiu antes, tinha que prestar atenção para não escorregar.

Depois de mais ou menos 6k, a corrida começou de verdade. Se achava que tinha que prestar atenção por causa da lama, estava enganada. Entramos numa single track, e a atenção foi redobrada. Muitos galhos, raízes, troncos e pedras que serviam de obstáculo. Tão fechado que o sol não entrava lá...que bom!!! Muitas vezes era necessário agachar para ultrapassar árvores mais baixas. Desta vez, sem a cobrança de baixar tempo, reparei em tudo que me cercava, mesmo mantendo a atenção na trilha e tentando antecipar os obstáculos à frente avisando a Paty que vinha logo atrás, e não podia nem pensar em se machucar pois vai encarar a MARATONA do Rio no próximo mês. Então, pude observar o rio do lado direito, que nos acompanhou boa parte desse trecho, nas teias de aranha GIGANTES nas laterais da trilha, aquela umidade gostosa, delícia respirar esse ar cheio de vida, ainda mais, compartilhar esses momentos com a Paty, grande companheira...

Minha tranquilidade e conforto estavam com hora marcada para desaparecerem....e não demorou muito. Acredito que perto dos 15k, a xilocaína evaporou e a sensação era que a sola do meu pé tinha uma ponta e toda vez que eu tocava o chão...uiiiiiiiiiiiii. E como se não bastasse, comecei a reparar que minhas pernas estavam cansadas, sentia muita dor nas coxas com qualquer subidinha boba, lembrei da aula de spinning pesada que dei no dia anterior e me arrependi profundamente de ter pedalado. Era hora de deixar a Paty seguir na frente.... vai lá amiga, estou contigo em pensamento!!!

E quando me ví sozinha, fiz algo inadmissível!!! Pelo menos pra mim.......ANDEI! Putz, que fase hein!!! Mas durou uns 20m, pois na minha filosofia: se arrastar ok, andar JAMAIS!! Assim, voltei para meu trote despretensioso, descompromissado, só na curtição...

Nessa hora, o percurso saiu na estrada grande principal, próximo a largada, era hora de seguir em direção a praia. Foi quando encontrei Tadeu e Adriano da AR23, tirando fotos, distribuindo água, incentivando os atletas...foi aí que Adriano disse a frase mágica sem perceber...disse assim: " Bora Nanda! Você está entre as 10!!! Imediatamente desliguei o modo passeio, e acionei o modo competição! A primeira providência foi olhar pra trás, para ter certeza que a posição não estava ameaçada. E, aparentemente não estava. Então, bora buscar quem está na frente! kkkkkk A cabeça funcionava assim, mas e o pé??? E a perna???? Nenhum dos dois respondiam....

Então tá, deixa pra lá, nada de buscar, mas será que dá pra manter a posição pelo menos?? Ah, vai ter que dar!!

Ainda assim, continuei aproveitando o percurso, curtindo a paisagem....fala sério! Correr na praia do Forte é show!!!

Quando eu ví, já estava voltando, lembro que eu procurava a placa de 17k e quando encontrei, era a de 18k, fiquei tão feliz!!!!! 

Por ter o tempo todo "corrido torto" pra aliviar o pé (esquerdo), a perna direita, coitada, já estava reclamando, doía tudo, canela, joelho....e ameaçava uma cãimbra...ah não! Falei sozinha...aguenta aí!!

O final foi uma mistura de alegria por terminar e tristeza, pois na verdade eu queria mais! Feliz de estar alí, e triste por não ter treinado como eu tinha programado...

Uma mistura de emoções que eu num sabia se eu ria ou chorava. Já na reta final, ví uma corredora lá na frente e pensei: Dá tempo de passar! Esqueci todas as dores e fui, passei e quando eu vi o pórtico estava lá minha torcida (família, a Paty, AR23) lembro de desabafar sem dó...só palavras bonitas!!! kkkk MISSÃO CUMPRIDA!!!! Tem sensação melhor??

E hoje...

Após o Running DAVENTURA, voltei ao médico e vou operar o pé o mais rápido possível. Terei um mês pela frente de recuperação e férias forçadas. Vou me cuidar, descansar e retornar 5x mais forte!! Afinal, faz parte!

Parabéns equipe DAVENTURA, foi sensacional!!

ps: Gustavo Chagas, topo fazer em 2013  42k!!

Obrigada AR23 pelo apoio, incentivo, lanchinhos e cuidados desde o simulado até a prova!!

Meninas: Nena, Iully, Aline e minha amiga linda Paty!!! Estarei na maratona com vocês de coração!!! É FACA NA CAVEIRA!!

Mãe: Parabéns pela sua belíssima participação, você é meu orgulho!!!

Dri e Gi: Amei a companhia de vocês!!!

Marido: Tenho certeza que torceu muito por mim nos seus sonhos!! kkkk (figurinha eu te amo!!)

Até a próxima!


ps: Ah, desculpem a bagunça de fontes utilizadas...

Tá chegando a hora.... Running DAVENTURA 2012

Faltam apenas 08 dias para o Running DAVENTURA 2012 e a ansiedade já começa a tomar conta dos participantes. 

Ano passado o evento já foi um sucesso, realizado na Reserva de Sapiranga - Praia do Forte / BA. Os percursos de 5k, 8k e 14k foram perfeitos, pois permitiu a participação de iniciantes e proporcionou a todos momentos inesquecíveis na natureza. Assim sendo, a organização manteve o cenário para a prova deste ano e resolveu além dos percursos anteriores, garantir aos mais aventureiros, uma exploração maior da Reserva incluindo uma MEIA MARATONA, isso mesmo 21k, de trilhas, raízes, terra batida, obstáculos naturais, pedras, areia fofa, mata fechada, riachos entre outras coisas que só poderei citar após a prova...

A missão do novo percurso foi dada a Gustavo Chagas (Gaia) corredor de aventura recém chegado da última edição do Ecomotion, ou seja, fera da equipe Makaíra aqui da Bahia. 

No coquetel de lançamento realizado na última quarta feira na loja do Running DAVENTURA no Salvador Norte Shopping, todos os presentes entre parceiros, patrocinadores e atletas, conheceram o novo percurso, assim como muitas dicas técnicas foram dadas pelo próprio "PAI DA PROVA, GAIA". Achei muito engraçado quando percebemos que o critério utilizado na montagem do percurso, era realmente dificultar a vida de todo mundo... (o pior, é que é disso que a gente gosta! Se fosse fácil, não tinha tanta graça..) 

Particularmente para mim, acredito que apesar de todos os obstáculos, o pior, será o calor no fim da prova, no trecho de areia fofa e sem vegetação.... (Gaia, na chegada acho que será linchado!!) rsrs

Mas, prefiro relatar isso melhor depois...

Gostaria de estar melhor preparada para fazer essa prova, mas como não programamos lesões, fico feliz por pelo menos poder participar, mesmo sofrendo um pouco mais ...

Na verdade, quero parabenizar antecipadamente toda a Equipe DAVENTURA, principalmente Carol Gantois e Carol Chagas que tenho mais contato, por trazer para a região um evento grandioso e diferente, que consegue unir várias tribos num só lugar. São corredores de rua, corredores de aventura, triatletas entre outras modalidades, sem contar as feras brasileiras de reconhecimento internacional como Fernanda Maciel, que são um estímulo para nós amadores!

Sou fã de carteirinha do Running e do trabalho de vocês. Obrigada pelas palavras positivas sobre a lesão no pé, vocês me deram força para não desanimar e conseguir participar, tenho certeza que a chegada mesmo tardia, terá um gosto especial como se fosse um primeiro lugar..

Até lá!

Sobrevivi ao Eco, mas a luta continua...

Exatamente no treininho de Páscoa com a Paty, senti uma dor no dedo do pé, parecia uma cãimbra, e apesar de incomodar bastante durante o treino, não dei muita atenção. No dia seguinte eu não andava. Poxa, logo agora que faltavam apenas 2 semanas para o Eco Adventure da FAAP...

Na primeira semana diminuí o ritmo de treino, mas conforme os dias passavam e a dor persistia, comecei a ficar preocupada e resolvi procurar um médico...

O primeiro que passei não me convenceu muito, melhor tentar uma segunda opinião. Um primo, também médico, indicou um especialista em pé e lá fomos nós (minha mãe e eu - aliás, muito obrigada pela companhia maezinha!!) madrugar no consultório para tentar um encaixe. Era o Instituto Bahiano de Medicina Desportiva e percebi que finalmente estava no lugar certo... mas daria para tratar a tempo?

Após 3h e meia de espera (aceitável por ser encaixe), Dr. Josias Ribeiro me atendeu. Após o relato sobre as dores, ele já deu o diagnóstico, mas pediu uma ressonância para confirmar. E exatamente um dia antes de embarcar voltei lá com o resultado do exame e muita dor, desesperada por uma solução. Era NEUROMA DE MORTON: Um nódulo no nervo do pé entre 3º e 4º metatarso. Comum em corredores (principalmente mulheres) de pisada pronada e até mesmo em  sedentárias que usam salto alto com frequência. 

 Como pode ser tão pequeno e incomodar tanto? O pior que eu não tinha tempo para tratar, estava surtando já de tanto desespero. Além de estar em crise por ter diminuído os treinos e ter aquela sensação que todo o condicionamento físico que eu conquistei tinha me abandonado, pensei: Tenho que treinar suportar a dor (que anta!!). Lá fui eu tentar correr...

Comecei e...impossível!! Fui pra casa e troquei o tênis. Tentei de novo!! Putz que dor!! Troquei o tênis novamente, coloquei um mais novo, na esperança de fazer alguma diferença...doce ilusão! Fui assim mesmo, tinha que ir. Nos primeiros kms as lágrimas escorriam mesmo eu tentando segurar. Na verdade, elas se atiravam mesmo. Depois, não sei se aqueci e a dor diminuiu, ou se acostumei, mas o fato é que consegui correr 10k. E foi a última vez antes do Eco. Afinal, no dia seguinte, piorou muito a dor, claro!!

Foram 4 dias de repouso total antes da primeira prova no Chile, e eu já me sentia uma sedentária, mas sabia que precisava daquele repouso, além da ajuda de anti inflamatórios, analgésicos, contrastes quente / frio, gel local e por aí vai.... isso aliviou bastante.

A segurança com que o médico me assegurou que eu conseguiria concluir a prova, já me deixou mais tranquila, mas que na volta eu deveria cortar totalmente a corrida dos treinos e fazer fisioterapia para evitar a cirurgia. Melhor obedecer!

De fato, no Chile o pé incomodou pouco, no 2º dia de prova apenas que teve a canoagem com a corridinha e a corrida noturna em Pucón. Perguntei para o Dr. Clemar se eu poderia tomar o analgésico que eu tinha levado, e ele aconselhou que eu não tomasse, pois era um medicamento muito forte para tomar pela primeira vez durante uma prova de esforço, poderia ter efeito colateral....

Ok, ok, já me convenceu.

Qual minha surpresa durante a corrida de aventura??? Não senti dor nenhuma!!! Mas porque?? Simplesmente porque não sentia o pé! Quer dizer, os pés. Explico. Estava muito frio e a primeira modalidade foi o caiaque, saímos de pés molhados para a bike. Meus dedos congelaram. Até aí tudo bem....pior foi depois do rafting que disseram não precisar de neuprene (me arrependo até agora de não ter colocado) nessa altura eu já não sentia os dedos, nem o calcanhar, nem tornozelo....nossa, terrível!!! Juro que eu preferia aquela dor no pé!!

Bom, o que interessa é que apesar dos contratempos, desentendimentos, discussões, mas ao mesmo tempo, amizade e cobertor humano! Sim, após o rafiting, por ter que esperar 13 min para prosseguir, se não fossem os meninos pra me esquentar, fazer massagem nas pernas. Que sensação terrível! Mas já estava no final da prova, desistir? JAMAIS!!
Obrigada meninos! Missão cumprida! 4º LUGAR
Parabéns aos vencedores e todos os participantes! Ano que vem  tem mais!!!

Mas a luta continua...

De volta ao calorzinho baiano e ainda descansando da viagem.

 Fisicamente estou inteira, sem dores nem machucados, mas o sono não tem fim. Resolvi me dar um descanso até amanhã (domingo). A preocupação do Chile foi resolvida, mas existem outras pela frente..

Segunda feira preciso urgente começar a fisioterapia, fato. E as perguntas são:

Será que estarei bem para correr dia 26/05 Fila Night Run? E dia 09/06 21k cross country na Praia do Forte? Treinei tanto pra pegar podiun nessas provas e agora se eu puder apenas participar já ficarei feliz.

Se isso era um problema, consegui dobrá-lo. Reparem:

Convenci meu marido a participar da Fila Night Run, é a primeira prova dele, e está treinando direitinho, até minha mãe e minha tia, resolveram participar também. Estou fazendo a família inteira correr, bom sinal.

Porém, marcamos a viagem pra Sampa (minhã tia, minha mãe e eu) e por ser a data próxima, foi difícil escolher horário. Só percebemos depois que chegaremos em Salvador no dia 26/05 as 19h, e a corrida é a 20h. Será que vai dar tempo? Bom, combinamos de ir do aeroporto direto pra largada, e esperamos conseguir participar. Senão, se eu conseguir assistir a chegada do maridão, já estarei feliz!! Mas isso tudo, se o pé deixar...

Rezem por mim.

Bons treinos!

Corrida Viver bem Salvador

A prova escolhida foi a Viver bem Salvador, organizada pela Latin Sports de São Paulo e realizada pelo Salvador Shopping. Escolhi essa prova pois fazia tempo que eu não participava de uma prova de 10k, já que apesar de correr frequentemente essa distância, em provas oficiais, prefiro distâncias mais longas. Meu último tempo oficial de 10k era de 2010, da Fila Night Run que participei no Anhembi em SP antes de mudar pra cá.

Queria baixar meu tempo, mas sabia que não seria tarefa fácil pois o calor ainda me dá um certo trabalho, em última opção, se eu conseguisse apenas fazer abaixo de 50min, já estaria de bom tamanho.

Já na chegada da Arena, ví que tinha acertado na escolha da prova. Disponibilizaram o estacionamento do Shopping para os participantes, e melhor, liberaram os TOILLETES do shoppping. (Aqueles químicos que são comuns nessas provas, são terríveis!!!) O número de participantes era de 1000 pessoas, excelente para correr com espaço, sem ter que fazer zigue zague nas ultrapassagens. Para o final da prova, já preparavam uma mesa maravilhosa de café da manhã, com direito a música ao vivo!! Perfeito! O jeito era fazer minha parte na corrida pra curtir a festa depois!!

Chegada no Shopping

Fernanda 0X10 Chip, foi uma briga colocar o danado!

Chefa, Tia coruja, e grande companheira! Obrigada pelo apoio moral e fotográfico!

Começando a aquecer

Tudo pronto

A estratégia escolhida, foi sair num ritmo confortável e aumentar aos poucos, pois o calor  ainda é meu maior desafio nessa terra. 

Como a premiação não era em dinheiro, a elite não compareceu em peso e pude me posicionar na largada bem à frente, logo atrás deles.

Contagem regressiva...e lá fomos nós..

Já no primeiro quilômetro fui ultrapassada, mas como a moça não estava numa velocidade muito maior que eu, achei melhor tentar acompanhar..quem sabe mais pra frente eu poderia tentar uma reação? Assim foi. Fiquei colada na moça, o calor já começava a incomodar e as sombras diminuíram com a mudança de posição do sol e ainda tinha uma subidinha que vou te falar...chatinhaaaaaaaa.! O percurso era de 5k, nós que resolvemos encarar os 10k, tínhamos que passar 2x pela tal subida...mas vamos lá.

Num retorno que fizemos, cruzei com as primeiras colocadas, ví que estava em 5º lugar e sabia que o pódio era para as primeiras cinco colocadas e resolvi que estaria na premiação, mais ninguém ia me passar.

No 8º km, cheguei bem perto da 4ª colocada, era hora de reagir.

Passei, mas resolvi não abrir muito. Fiquei por perto para ter fôlego para o sprint final, já que eu conhecia bem a outra corredora, e ela não é do tipo que abandona, sabia que viria pra cima.

Último km, o calor já estava judiando bastante e eu juntava forças para encarar o sprint inevitável que vinha junto com a tal subida chatinha. Eis que....

Um anjo, um corredor que me ultrapassava disse baixinho: "Acelera tudo que puder, porque ela vai te pegar!" Foi o suficiente pra disparar que nem louca e a única coisa que me lembro era que pensava, hoje não, hoje ela não me passa. 

Acelerei tudo que podia, sem olhar pra trás. Tanto, que eu mal acompanhava minhas próprias passadas, até meu anjo corredor desapareceu. Continuei o mais rápido que podia e lá na frente ví o pórtico, e mantive desgovernada até passar a faixa na chegada. O 4º lugar estava garantido! E a corredora? Após a chegada me dei conta do cansaço, de como estava ofegante, abaixei pra respirar, olhei pra trás e nada. Demorou 15s pra moça chegar. Pode não parecer muita coisa, mas garanto que 15s é uma distância enorme, e não acreditava que abri aquele espaço entre nós no sprint final.

Missão cumprida, não bati meu recorde pessoal, mas foi abaixo de 50min (49:38), inédito pelo menos naquele calor e com a subidinha chata!! Satisfeita com o resultado e feliz da vida fui curtir a festa, o show, o café da manhã e conversar com os amigos corredores..

Show de Forró

Companheiro de treino

Parabéns a todos os atletas participantes. Aproveito para parabenizar as atletas Carla (1ºlugar) e Mirian (2ºlugar), as únicas da elite feminina que compareceram na prova, correm muito e são uns amores! Agradeço as palavras de incentivo, com certeza vocês me inspiram!

Agradecimentos:

GM Condicionamento Físico pela preparação, Tia Zú (chefa, tia coruja e fotógrafa) por madrugar em pleno domingo só para me acompanhar. Amei a companhia, obrigada!!!

Até a próxima!

Próximas participações:

Eco Adventure  28/04 à 02/05 (Chile)

Fila Night Run 10K 26/05 Pituba - Salvador -BA

Running DAVENTURA 21K  09/06 Praia do Forte - BA

Arembepe de bike

Dia de passeio. Fazia tempo que eu não vivia o significado dessa palavra. Ultimamente muito treino de bike, canoagem e corrida, mas sempre com um olho no relógio, tentando baixar o tempo, preocupada com a distância, a velocidade e em alcançar meu limite. Dessa vez, seria diferente. Um passeio pra curtir a companhia dos ciclistas, da paisagem, e a beleza da Bahia que muitas vezes, na minha pressa, passa despercebida.

O passeio foi organizado por Chico Montanha, um personal trainer daqui de Vilas e graças ao apoio e colaboração de muitos parceiros realizou com sucesso o evento.

Mas vamos ao passeio...

A concentração estava marcada para as 6h, a idéia era partir as 6:30h, já que não poderíamos chegar tarde em Arembepe, pois estava tendo festa. Na Bahia, onde tem festa, tem trio elétrico, e se a gente chegasse tarde, íamos acabar inovando e pedalar atrás do trio....mas, não era essa a intenção. O pessoal foi chegando, fazendo os últimos acertos na bike rumo a estrada.

Saímos 6:45h escoltados pela policia, que segurava o trânsito para nossa passagem. Chique né? Ah, se fosse sempre assim...

Ainda contávamos com 3 carros de apoio, mecânico, hidratação e equipe fazendo a cobertura fotográfica do evento (por coincidência ou não..rsrs minha irmã estava nessa equipe, e cedeu algumas fotos para fazer esse relato. Obrigada Dri!!)

Durante o percurso, alguns ciclistas seguiam com a gente, para aproveitar nossa estrutura. É isso aí, a união faz a força!!

Seguíamos num ritmo bem tranquilo já que nosso grupo era composto por ciclistas de todos os níveis, desde iniciantes até atletas experientes. De montain bike, de speed, e até mesmo como eu, apenas de bicicleta...rsrs

Arembepe é litoral norte, e a estrada uma delícia para pedalar. É uma reta que te leva ao paraíso. Sempre passo de carro prestando atenção no trânsito e só hoje fui perceber que ao lado esquerdo, tem dunas, a coisa mais linda. E ao lado direito em alguns trechos é possível enxergar o mar e aquele monte de coqueiros por toda a orla....eeeeeeeeeeee Bahia linda!!!! Uma pena que essas imagens só guardo na memória, né D. Adriana!!?? Mas entendam, ela estava de carro, tirando fotos dos ciclistas, dirigindo e fazendo apoio. Provavelmente nem deve ter visto. Tá vendo? Na próxima, vai pedalando...

Irmã e segurança...

Claro que, às vezes, o pessoal que já pedala não se continha, e dava uma acelerada, nas descidas a gente queria voar, e nas subidas a gente queria se matar!! Não tem jeito, tá no sangue!! Mas foi só um pouquinho, pra matar a vontade, e nem era recomendado para nossa própria segurança, pois se abrisse muito o pelotão, já entrava carro no meio....é incrível como o povo não respeita!!!!!

Meu momento de fuga rsrsr (tentando acompanhar a speed que estava à frente, que pretensão a minha!!)

Tá bom, parei!!

O passeio estava tão bom, que fiquei surpresa quando vi a placa escrito: AREMBEPE 4K. Pensei: JÁ??

Acreditem, quase 2 anos morando aqui, e nunca tinha entrado em Arembepe, um lugar famoso pelas aldeias hippies.

Chegamos!

Foto by Ivan. O que é isso Ivan???

Ufa! Chegamos a tempo. Os trios ainda estavam quietinhos!!

Foi o tempo de parar na praça principal para hidratar e fazer umas fotos:

Parabéns povo!! Foi show!

Com a equipe ZAF! Adorei a presença e o apoio de vocês!! Parabéns pelo trabalho!

E a dupla se animou!!

Hummmm H20HHHHHHHHHH!!!

Fotos tiradas, hora de voltar!!

A volta foi mais rápida, Chico liberou um trecho para os que estavam babando pra acelerar, e marcamos um ponto para reunir todo mundo. Boraaaaaa!! 

Parada pra reunir todo mundo. Mas cadê minha irmã? Como pode ficar tão longe estando de carro? 

Eis que surge! Quer me deixar preocupada mala? 

Ficou cuidando do pessoal que estava mais atrás...é uma mãezona mesmo!!! Fofa! Vontade de morder!

Agora falta pouquinho pra chegar!

Reparem no tamanho da arma do policial, Era o máximo quando ele descia da moto e fechava alguma via para nossa passagem. Parecia que éramos celebridades passando!! Todo mundo de peito estufado!! kkk

Foram aproximadamente 50k de passeio. Na chegada muitas frutas e sucos para saborear, com direito a sorteio de brindes!

Bom demais! 

Parabéns Chico pela iniciativa, precisamos disso aqui em Vilas, conte sempre comigo.

Parabéns equipe ZAF, excelente trabalho!

Parabéns aos parceiros, colaboradores e participantes!

Valeu povo! Até a próxima!

4ª Passeio ciclístico Vilas do Atlântico / Arembepe

Pessoal, estou ajudando a divulgar esse passeio. Finamente teremos um evento esportivo partindo de Vilas!

Saída em frente a Pão Express (antiga Pão e Vinho) às 6:00h. Com destino à praia de Arembepe e retorno até Vilas. O percurso tem por volta de 50k, o que possibilita a participação de iniciantes na modalidade, e ainda o evento contará com carro de apoio, segurança e hidratação. Ótima oportunidade para conhecer pessoas, se exercitar e curtir a natureza.
Pra quem já pedala, pelotão dos acelerados vai arrepiar e o treino vai render!!! Bora lá? Eu já tô confirmada!

Locais de inscrição Academia Personal Studio, Body Shape ou com Chico Montanha
Valor: R$ 35,00 (inclui café da manhã e camiseta do evento)

Aproveito para parabenizar a organização e os colaboradores pela iniciativa.
Semana que vem, segue o relato e fotos do passeio.
Boa semana!!!

Beijo Fê

3ª Bahia Maratona de Canoagem

Quando ví a propaganda dessa prova pela primeira vez, achei bacana mas algo fora do meu alcance. Fiquei com isso na cabeça até o dia seguinte. Olhei de novo, dessa vez prestando mais atenção nas categorias, valor da inscrição, data ...e pensei: Porque não? Não sou pró em canoagem, mas tenho uma noção por causa das corridas de aventura e achei que era possível encarar o menor percurso. O objetivo, era treinar e nada melhor do que esse cenário maravilhoso. Mas, tinha a parte mais difícil, encontrar um parceiro para a prova. Isso sim deu trabalho...

Primeiro tentei com minha equipe de corrida de aventura, mas os meninos estavam com muitos compromissos em São Paulo e tornou impossível nosso encontro. Resolvi procurar a Diana da Equipe Gantuá, que conhece muito mais gente do que eu pela área e talvez pudesse me ajudar. Apesar de todo esforço feito por ela, ainda não foi dessa vez, e começava a me incomodar a possibilidade de ficar de fora dessa aventura. Quando eu já tinha praticamente desistido de encontrar alguém, e já cogitava a possibilidade de remar sozinha mesmo, surgiu meu salvador. Igor, meu aluno de personal, iniciando em competição de atletismo e quando ouviu minha história frustrada à procura de um parceiro, mesmo sem saber onde estava se metendo, disse que me acompanhava. Mas, ele não sabia remar. Não tinha essa vivência, então, achei que seria uma ótima oportunidade para fazer um bom treino e possibilitar essa experiência para o Igor que eu já tinha percebido que é extremamente competitivo, disciplinado. Era só treinar! Começamos a frequentar a Rua k aos fins de semana, mas em todos os treinos só conseguimos remar no caiaque individual já que o duplo estava em péssimas condições. Rapidamente Igor pegou o jeito do remo, ganhou um bom condicionamento, e estava indo super bem. A única coisa que me preocupava era que não conseguimos treinar no duplo  e Igor não sabia fazer o leme. Tentei explicar alguma coisa, mas tem certas coisas, que só aprende fazendo, porque tem que sentir na pele como funciona. Tudo bem, vamos na sorte!

Um dia antes fomos para Paulo Afonso, pois à noite seria a entrega dos kits e o briefing. 

Os atletas foram chegando, todo mundo naquele clima de ansiedade pelo que estava por vir. Logo encontrei a experiente dupla da Gantuá, Diana e Alan. Diana, me explicou que só tinha que tomar um certo cuidado na largada por causa da correnteza e dos redemoinhos. Ai meu Deus!!! Redemoinhos??? Vou dizer que nessa hora bateu um "medinho" pela inexperiência do meu parceiro no leme, e eu que esperava fazer a prova sem coletes por causa do incômodo, resolvi que era o primeiro acessório que eu ia pegar...

Chegou a hora

Fomos até a largada, meu marido, sempre companheiro (e futuro atleta) ficou responsável pelas fotos. 

Enquanto isso Igor e eu fomos procurar um bom caiaque e os remos. Quando vi, já estava embarcada e nem me despedi do maridão...o jeito foi dar um tchauzinho de longe.

A única coisa ruim, foi a longa espera. A largada atrasou por volta de 30min, pois aguardavam o helicóptero que faria as imagens aéreas da largada. Por mim até que tudo bem, 8k vai rápido, mas fiquei pensando no pessoal dos 55k...

De onde estávamos aguardando a largada já dava pra ver os temíveis redemoinhos que iríamos encarar inevitavelmente....ai ai ai...

E 3, 2, 1 foi!

Largamos, e nem 5 remadas depois já sentimos a força da correnteza, arrastando o caiaque de lado, batendo    na frente, do lado, atrás, muita gente desgovernada, foi quando vi um caiaque virando e o resgate já indo pegar o atleta que ia pra longe. Senti um giro forte, putz entrei no meu primeiro redemoinho de muitos, mas muitos mesmo que estavam por vir. Percebi um certo nervosismo em Igor, por não ter o controle do caiaque e pedi que ficasse calmo. Sem técnica, o único jeito era fazer força. E fizemos viu. Quase viramos 2 vezes, mas resistimos. Nessa largada problemática, perdemos muito tempo e ficamos para trás. Aos poucos, meio que "na marra", Igor foi controlando a situação. Pegou o jeito do leme rapidinho, na verdade, até falei pra ele depois, acho que foi instinto de sobrevivência. Era hora de descansar...que nada!!!!! Era hora de acelerar tudo e mais um pouco para recuperar algumas posições e fazer o treino valer a pena!! E lá fomos nós. Sincronizados, num ritmo excelente, conquistando algumas posições e curtindo aquele visual sensacional.

E quando ví, já estava acabando. Chegamos numa boa disputa com outras equipes, pra deixar o final mais emocionante. Poxa, logo agora que tava ficando bom!!?? 

 Amei a prova, e fiquei com gostinho de quero mais. Peço a organização que tente encaixar uma distância intermediária, pois 8k é pouco, mas 55k é demais! Aliás, deixo aqui meus parabéns aos guerreiros dos 55k, prova duríssima!

Aproveito a oportunidade para  parabenizar a equipe Gantuá pela conquista do 3º Lugar dos 8k na categoria mista e masculina. E principalmente agradecer pelo incentivo em realizar esta prova. Desde o contato com Diana com informações sobre a prova, até o auxílio de Altino na escolha do caiaque. Obrigada por tudo pessoal, estou sempre na torcida por vocês!

Agradecer e parabenizar meu parceiro Igor, pela vontade, disciplina, força, garra, e dizer que: Se não fosse você, esses momentos mágicos e inesquecíveis não fariam parte da nossa história. Espero que leve boas lembranças, tanto quanto eu, e que sirva de estímulo para continuar treinando, pois tem potencial para isso e muito mais!!! Você é guerreiro!

E, finalmente, agradecer meu parceiro de sempre, de todas as horas, grande marido,

por entender e compartilhar minhas maluquices e mais ainda, por dizer que quer participar no ano que vem!! Isso pra mim, foi o maior presente!!! Vou cobrar hein!!!

Até a próxima!