Descobrindo a Rua k.....

Quem me conhece sabe que não consigo ficar muito tempo sem inventar alguma coisa para fazer, como encarar um novo desafio esportivo. No momento, o treino da vez é para o Eco Chile que será em abril. Bem longe ainda, mas a preparação começa agora. Como o desafio lá no Chile será de corrida de aventura, além de outras provinhas menores que só saberemos lá, serão muitas modalidades que teremos que estar aptos para encarar, então, resolvi começar a procurar a "apimentar" minha preparação, só pra ter um estímulo maior para caprichar nos treinos. Porque só funciono com um objetivo, um desafio....esse negócio de treinar por treinar comigo não adianta!

Fiquei sabendo de uma prova de canoagem bem bacana que acontecerá em janeiro em Paulo Afonso, nas águas do Rio São Francisco, aqui no estado da Bahia, mas bem longe de onde estou. Pesquisei as categorias, distâncias, valor de inscrições....e vi que talvez fosse possível encarar essa prova. Pois a organização resolveu além da distância oficial da prova de 55k (aff, muito pesado "por enquanto") colocar uma distância de 8k para iniciantes na modalidade. Achei essa distância perfeita para conhecer uma prova de canoagem. E treinar um pouquinho. Tenho alguma experiência remando, quer dizer, me viro, mas ainda tenho muito que aprender, e só se aprende praticando, não é mesmo? Então, vamos lá! 

Encontrei um parceiro, iniciante na modalidade, mas com uma disciplina e uma vontade que empolga, e vejo que o menino tem futuro... é só treinar!!

 Mas e agora? Onde treinar? Não temos caiaque, nem conhecemos bem quem tenha....ixi, como  fazer?

Conheci recentemente um pessoal de aventura aqui e não tive dúvida que eles seriam os mais indicados para nos ajudar, já que comparecerão também a essa prova. Mas eles vão de 55k....

E foi assim que descobri a Rua K.

No primeiro dia, fui só pra conhecer o lugar com meu marido, alugamos um caiaque duplo e fomos remar. Meio que passeando, esse dia foi só pra ver como era o esquema mesmo, saber o preço de aluguel, ver o lugar e tal. 

Chegamos no final da tarde, era um dia lindo. A parte da praia em que fica a famosa Rua k, é uma vila de pescadores, o mar, mais parece um lago de tão calminho, com vários barquinhos atracados e com uma parte com fundo de coral, água limpinha e muitos peixinhos.....pense nos paulistas babando no visual!

Remávamos um pouco e parávamos pra fazer fotos também, claro, imaginava descrever aqui essa deliciosa experiência com muita ilustração, mas infelizmente o memory stick da minha máquina "deu pau" e perdi todas as fotos, vou ficar devendo....

Tudo certo e planejado, combinei com meu parceiro de iniciarmos nossos treinos no outro sábado, dia 24, véspera de natal, afinal, temos apenas um mês para a preparação.

Chegou o dia. O Alê resolveu ir também, adorei vê-lo acordando cedo pra treinar comigo, mas resolvi deixa-lo à vontade caso quisesse ficar tranquilo na praia. Ele quis remar. Dessa vez, foi cada um num caiaque, já que estavam em melhores condições que os duplos. 

O sol não apareceu, e deu lugar a chuva (Graças a Deus!!!) porque se tem uma coisa que acaba comigo, é o calor! Remamos uma hora sem parar. Igor, demonstrou muita disposição e pegou o jeito rapidinho. E o Alê, quem diria, acompanhou  a gente o tempo todo! ADOREIIIIIIIII MARIDO!!

Faremos uma breve pausa para "os estragos" de natal, e semana que vem estaremos de volta a Rua K, para mais um treino, ainda mais intenso, rumo ao primeiro desafio de 2012!! 

Feliz Natal a todos!!!!!!

Grande beijo

Fê

Ah, segue uma foto do Farol de Itapuã, próximo a Rua k.

Prova/treino GANTUÁ 7 anos - Corrida de Aventura

Na noite de terça, durante o treino de corrida com o Clube VO2Máx, fiquei sabendo dessa prova/treino que aconteceria no sábado bem perto de casa. Fiquei muito animada, já que, apesar de ser apaixonada por Corrida de Aventura, só tenho essa vivência uma vez por ano, nas edições do Eco Adventure da FAAP. 

Achei que seria uma ótima oportunidade para treinar as principais modalidades e conhecer o pessoal fera da famosa equipe Gantuá.

Cheguei em casa e fui correndo pro computador fazer minha inscrição. Pronto! Agora era conter a ansiedade...principalmente porque a prova seria feita em dupla, e só conheceria a minha na hora. 

No treino com o VO2Máx de quinta, eu estava empolgadíssima e pedi para o Glauco puxar um pouco mais no treino, queria treinar forte, e não achei que fosse atrapalhar para o sábado, pois era uma prova bem curta.

Chegou o dia! Bem alimentada e bem dormida, peguei minha bike e fui para o ponto da largada. E começou a me incomodar mais uma preocupação. Minha bike aguentaria? Ou melhor, eu aguentaria e acompanharia o pessoal com minha bike? Explico, uma caloi aspen, judiada pela maresia, enferrujada....bom, acho que não preciso falar mais nada.. mas quer saber, é o que eu tenho, vamos que vamos!!

Chegando lá, me apresentei para a Diana Gomes, feríssima da Gantuá e hoje estava na organização da prova. O pessoal foi chegando e encontrei umas carinhas conhecidas do pedal com Ramiro, aproveitamos para comer umas frutas, conversar um pouco mais e fui ver com Diana com quem faria dupla. E assim, conheci Sabrina, minha parceira do dia.

A única dupla feminina da prova! Já no primeiro contato percebi que Sabrina era muito mais experiente que eu, apesar de (segundo ela) não navegar muito. Hoje seria seu dia, afinal a navegação estava praticamente um presente, o mapa era do Google Earth, para possibilitar a participação de iniciantes também.

Em seguida foi realizado um breve briefing e largada. Hora de dar um beijo nas mães corujas e partir.

Dada a largada, a primeira modalidade foi o caiaque, 4k, e conseguimos nos entender logo de começo, no sincronismo mas no meio do percurso, sem o plástico protetor, nosso mapa se desfez, e acabamos perdendo bastante tempo. Afinal, aventura é isso!

No trecho final do caiaque, estava muito raso e optamos por descer e puxar. Nos primeiros passos correndo na água e com a correnteza, senti a musculatura da coxa cansada, e lembrei do treino pesado de corrida na quinta. Putz, foi aí que eu percebi que meu corpo não estava 100% e isso ia fazer falta em breve.

Deixando o caiaque, seguimos para o trekking, que seria curto também 4k, mas eu não contava com o começo. Tinha que atravessar o rio para correr pela areia, e um pedaço tinha que nadar mesmo, pois não dava pé, e ainda tinha que ficar atenta à correnteza que estava puxando para o mar, já que a maré começava a vazar. Esse trecho curto nadando (não tenho o menor preparo na água) me quebrou. A Sabrina o tempo todo na frente e eu tentando me recuperar do nado, as pernas com sinal de cansaço, credo! Eu tava parecendo uma sedentária, que horror! Ainda assim, como era curto, deu pra fazer um trote bem leve, e eu só pensava que ainda tinha que nadar de volta...

Última transição, dessa vez para a bike. Curta também, 20k.

E lá fomos nós!

Assim como no caiaque, nosso mapa da montain bike, se desfez no meio do caminho. A Sabrina tentava decifrar os restos mortais do mapa, mas não tinha como. Então, nos perdemos. O jeito foi perguntar pro povo local.... do bar, da moto, do carro... Enfim, faltaram 2 PCS, que com certeza nós passamos, mas não enxergamos. Já passava de 12h e o calor estava me matando, minha água tinha acabado e já me preocupava com minha mãe, meu marido e minha tia me esperando na chegada, deviam estar desesperados (conheço bem) e eu na saída tinha feito a besteira de falar que seria rápido. Não contava com a possibilidade de ficar sem mapa. E ainda tínhamos que ir para Salvador num almoço.

Encontramos uma dupla que estava voltando e pegamos uma carona na navegação. Mas já estava fácil. Era praticamente uma reta. E Enfim, chegamos!

Agradecimentos:

A minha parceira Sabrina, que visivelmente experiente e superior, teve paciência e foi companheira. Adorei conhece-la e já estou na torcida para sua prova de 150k semana que vem. Boa sorte!

A minha família que sempre me apóia, estimula e fotografa. Amo vocês!!!

A equipe Gantuá, em especial Diana e Alan, pela iniciativa e pela bela prova. Vocês estão de parabéns!! Desejo que venham mais 7 anos e mais 7... 

Até a próxima 

Grande beijo

Fernanda Piedade

1 ANO E 4 MESES

Sim, um ano e quatro meses. Esse é o tempo que passou desde a maior reviravolta da minha vida.

Diante dos acontecimentos de diversas origens e algumas oportunidades que surgiram, essa foi a decisão tomada com o Alê, meu marido. Largar tudo e mudar para a Bahia! Parece fácil, como todos diziam: Vida mansa, vai morar no paraíso, tá com a vida feita e por aí vai.... e de fato, realmente a qualidade de vida NÃO TEM COMPARAÇÃO, pois morar a 50m de uma praia paradisíaca, não tem preço!

Mas por outro lado, a adaptação é difícil, não ter amigos, não ter trabalho, começar o próprio negócio, não conhecer os caminhos, não conhecer as REGRAS DE TRÂNSITO, que até rendeu um post....se adaptar ao tempero, ao clima (meu Deus, que calor!!!!), o cabelo estranhou, a pele se rebelou, as unhas se recusaram....e é melhor eu ficar por aqui, no lado externo, porque o interno...

Muitas alegrias nesse meio tempo, sempre uma novidade, mas também, muitos obstáculos, medos, incertezas, decepções, e ainda assim estar feliz! Como pode?

Agora, é que as coisas parecem começar a tomar um rumo mais sólido em todos os aspectos. Profissionalmente, emocionalmente....

O recomeço foi praticamente da estaca zero, mas nem por um minuto me arrependi da mudança. Perdi algumas coisas, quer dizer, hoje vejo que não perdi porque na verdade nunca tive.  Ganhei outras que com certeza são mais importantes...

É interessante como toda essa experiência resulta em muitos momentos de reflexão, e muda muito conceitos e valores. Coisas que eram fundamentais na vida de São Paulo, pelo menos eu achava que eram, hoje, nem são tão importantes assim...
E o que aprendi com isso? Se não está como você gostaria, arrisque, mude, tente, pode dar certo ou não, mas com certeza aprenderá a dar valor ao que realmente importa.

BOA SEMANA!!!
Fê

Meia Maratona Farol a Farol

Este post está um pouco atrasado, mas além da correria do dia dia,  estava esperando a divulgação das fotos oficiais do evento para fazer uma ilustração bacana aqui, e, até agora, nada de fotos. Então, desisto de esperar...vamos direto ao assunto!

Dia 02 de outubro, a temida meia maratona farol a farol seria minha prova de fogo, quase que literalmente devido ao calor. E realmente esse era meu único medo. Para quem acompanha o blog e leu o post sobre a MEIA MARATONA DA BAHIA , sabe do que estou falando. Depois de sofrer tanto 15 dias antes com a temperatura, fiquei na dúvida em participar desta já que a tendência era o calor aumentar. Dois dias depois da meia da Bahia, já recuperada, decidi encarar o sol de frente!!

Comi bem, dormi bem, e fui na manhã de domingo pra largada no Farol de Itapuã, e como tenho participado de algumas provas, já reconheço alguns corredores que participam de todas, então cumprimenta um aqui, deseja boa sorte pra outra alí e encontrei a Paty, vizinha de condomínio, que sempre nos esbarramos nas provas, mas falamos pouco. Dessa vez seria minha companhia. Começamos a correr por volta das 7h10min, o sol brilhava entre algumas nuvens, mas a temperatura subia..

Surpreendentemente, apesar do calor que fazia, o sol não me incomodava, estava naquele dia perfeito para correr, pois me sentia leve, bem disposta e incansável...mas sabia que tinha de tomar cuidado para não me empolgar demais e quebrar no meio da prova.

A companhia da Paty foi fundamental, uma ia dando força pra outra, ela sabia do meu sofrimento com o sol e tinha o cuidado de ficar molhando minha cabeça o tempo todo, e com certeza isso me ajudou muito!! Conhecemos Ediane pelo caminho, uma simpatia, animadíssima, o que deu um "gás" a mais na gente.

Lá pela metade da prova, as meninas sentiram mais o calor e a Paty, com o joelho lesionado, achou melhor segurar um pouco o ritmo, então, segui no percurso sozinha, pois eu precisava ver quanto conseguia baixar meu tempo, estava louca para bater meu recorde pessoal, pois ainda estava frustrada com a última performance.

Ainda não sei como, mas milagrosamente, o calor não estava me incomodando, e vou falar que estava quente!! Talvez a brisa que batia, já que todo percurso foi pela orla, amenizava o "bafo", mas o estranho foi ver que até os atletas locais acostumados com o calor, estavam sentindo dificuldades. 

Corri grande parte do percurso olhando o mar, aquele mar maravilhoso, com os coqueiros dando um toque especial na paisagem, e quando voltava a prestar atenção na corrida, e via a placa de quilometragem, não acreditava que já tinha feito a distância que estava marcada na placa, estava no 16k. E pensei, só faltam 5k? Estava inteira, sem dores, sem nada, nenhum sinal de cansaço, era hora de acelerar. Olhei no relógio e ví que ia dar para diminuir meu tempo, vamos que vamos!!

A família estava me esperando na chegada, e desta vez com a presença inédita da minha avó! Que fofa, fez questão de assistir a chegada. 

Já na Ondina, quando fiz a curva próximo ao Cristo e ví o Pórtico de Chegada aproximadamente 1k com o Farol da Barra ao fundo, foi instintivo, acelerei, tudo que podia, faltava pouco, a chegada estava alí, e ao olhar para o lado direito, lá estava ela, D. Célia, avó querida, não tinha me visto e fiz questão de chamá-la. Gritei, acenei, mandei beijo e ela finalmente me viu, até a Mara (parenta / prima) fez a maior festa também quando me viu. Agora, era só passar o tapete e comemorar!! Passei!! E com direito a recorde pessoal!! Foi aí que vi meu marido, mãe e tia vindo em minha direção me cumprimentar.

Tempo: 1h52min - 3º Lugar categoria F30a34

Geral feminino- 24º de 247

Nada melhor que um almoço delicioso pra comemorar o resultado!!

Até a próxima!!

Segue algumas fotinhos pessoais, já que as oficiais...só Deus sabe!!

Momentos incríveis e inesquecíveis na natureza!!!

Há 2 posts atrás, eu comentei sobre o evento que aconteceria na Reserva de Sapiranga - Praia do Forte. A inauguração do Centro de Educação Ambiental, realizado pelo Projeto Floresta Sustentável, e plantio de mudas adotadas pelos atletas do Running DAVENTURA ocorrido em maio deste ano. Fui convidada a representar os atletas deste evento no plantio, e mesmo sendo meu dia de "vegetal" sem fazer nada, para estar inteira e correr a meia maratona no dia seguinte, não pude recusar! Que honra! Comuniquei o maridão e companheiro de todas as horas e lá fomos nós!

A programação começava bem cedo com a inauguração do Centro, depois seria servido um almoço e por último o plantio. Chegamos no final do almoço, pois tive que dormir um pouco mais, estava exausta da semana. Eu achei que o evento seria próximo às ruínas do Castelo Garcia Dávila, não sei porque achei isso, mas logo vimos uma placa indicando o evento para o sentido oposto ao Castelo e entramos na trilha. SENSACIONAL!!! Realmente era no coração da Reserva de Sapiranga. Paramos o carro e nos indicaram o caminho para o Centro recém inaugurado. Que coisa linda! Super bem feito, com espaço infantil, loja de souvenir, equipado com tv, vestiários, adorei! E a comunidade local então? Estava em festa! Logo encontramos a Diretoria da DAVENTURA, a Carol e a Carol (sim, são duas) que nos receberam super bem. Neste momento o almoço estava terminando e logo começaria o plantio.

Seguimos para o local, e no meio da trilha, os habitantes da Reserva mostravam que queriam participar dando o ar da graça. Começou com uma "cobrinha", que só veio dar um "oi" aos visitantes e seguiu seu caminho. Momento de aprender um pouquinho mais sobre a natureza, pois os responsáveis pelo projeto, biólogos e  botânicos iam nos orientando sobre as espécies de fauna e flora que cruzávamos pelo caminho.

Chegamos na área de plantio, eram 10 mudas, das 100 adotadas pelos atletas do Running DAVENTURA e que serão plantadas em vários pontos da Reserva. Escolhi a minha plantinha filhote da espécie SUCUPIRA, que se tornará uma árvore maravilhosa e gigante, pois o biólogo explicou que é umas das espécies preferidas do Bicho Preguiça, então, imagina o tamanho que vai ficar.

Mãos a obra!!! Fui orientada em todas as etapas que envolvem o processo do plantio para garantir o desenvolvimento da minha filhota SUCUPIRA.

                                             

Fora do "script", no improviso mesmo, rolou até uma cantoria em homenagem as novas moradoras da Reserva, era mais ou menos assim:

"Salve ó árvore, sombra e frescor!"

"Salve ó arvore, luz e calor!"

"Teto amigo e protetor!"

Quando estávamos finalizando o plantio das últimas mudas, mais um "morador" quis nos dar o ar da graça!

Um bicho preguiça! Caiu da árvore, ali do nosso lado! A primeira providência foi ver se o peludinho tinha se machucado com a queda. Mas não, foi só o susto. Então, era curtir aquela presença ilustre e aproveitar para aprender um pouquinho mais com o biólogo Álvaro. Todo mundo feliz de conhecer ao vivo o bichinho, e hora de devolve-lo num lugar seguro. Não chão ele fica vulnerável, o jeito foi encontrar uma árvore para deixa-lo. Pronto! Foi mais um presente da mãe natureza para tornar este dia ainda mais especial.

Missão cumprida! Hora de voltar pra casa e me concentrar para a  corrida.

Fica claro neste relato que, ao cuidarmos e respeitarmos a natureza, a mesma agradece imediatamente nos proporcionando momentos incríveis e inesquecíveis.

 FAÇAMOS A NOSSA PARTE!

Deixo aqui meu agradecimento para o pessoal DAVENTURA, que vem transformando a vida de muita gente como eu, proporcionando maior contato com a natureza como foi no Running, e ao pessoal do Projeto Floresta Sustentável pela inauguração deste belo centro de Educação Ambiental. Podem contar comigo sempre!!!

              Com equipe DAVENTURA e Projeto Floresta Sustentável

Com o pessoal da PETROBRAS que apoia o Running DAVENTURA e o Projeto Floresta Sustentável

Primeiro carro baiano

Conversando com o maridão, decidimos que era hora de trocar de carro. Combinamos passar o final de semana visitando concessionárias de diversas marcas, fazendo cotação, avaliação do nosso e tal. Começamos sábado de manhã, por volta das 10h e resolvemos parar nas mais próximas aqui em Lauro de Freitas e depois seguiríamos para as mais distantes em Salvador.

Logo na primeira parada, começou aquela lenga lenga da avaliação onde eles capotam seu carro umas 5x para chegar num valor "bem justo", claro que sabemos que em concessionária o valor é mais baixo, mas pelo amor de Deus, tudo tem limite né. Tem coisa que vira piada e vi que o dia seria longo de ataques de riso a cada avaliação.

Descobri que aqui os carros usados valem menos do que em Sampa, por causa do desgaste da maresia, ferrugem e por aí vai... 

Depois daquele blá blá blá todo de negociação onde diminui aqui, aumenta ali, dá o emplacamento, paga o IPVA, engana mais um pouco....sabíamos que o dia ia ser longo e peguntamos que hora fechava caso resolvêssemos voltar. Dai a maior surpresa... O QUE???? Fecha as 14h??? E amanhã (domingo)?????

Não abre! O QUE 3X?????? Como assim não abre? Lembro de Sampa que passava o fim de semana vendo carro até domingo a noite..

Afinal, quem compra carro, normalmente trabalha, se trabalha, não pode durante a semana e muitas vezes não pode de sábado, sobra o domingo...

Olhei pro Alê e falei: Acelera!!! Temos muitos lugares pra ir!! O pior é que ele levou ao pé da letra... 

Bom, pra não ficar tão absurdo assim, a primeira foi a única que funcionava até as 14h, as outras até as 17h, menos mal, mas de domingo......NENHUMA!!!

Resumindo, passamos o dia nessa cansativa missão e não conseguimos ir em todos os lugares que queríamos.  

Exaustos, porque isso cansa mais do que correr a meia maratona, juro. O jeito foi sacrificar mais um sábado de praia para fechar negócio.

Chegou sábado, e junto a promessa: De hoje não passa, vamos voltar pra casa de carro novo!

Alguns carros que tínhamos visto na semana anterior, interessaram, mas precisávamos escolher o melhor "custo benefício" e não apenas o carro que mais agradava, pois nem sempre combinava com a avaliação do nosso que mais agradava. Sem contar as intermináveis ligações e mensagens no celular de alguns vendedores praticamente implorando pela compra e quase oferecendo a mãe junto. Esse modo de agir nos deixou com os 2 pés atrás de entrar numa furada. Já que a marca está a pouco tempo no Brasil. Bem, depois dessa dica, acho que vocês já mataram a charada...rsrsrs

Mas hoje é outro dia.....na primeira parada, gostamos bastante do carro, do vendedor, do valor, ou seja, vamos fechar? Calma, vamos só em mais uma pra ter certeza. E foi um bate volta mesmo. De volta a primeira...VAMOS FECHAR!!

Compramos!!! E o melhor, sabe aquele carro que você diz: NUNCA, JAMAIS, NEM QUE ME PAGUEM! Foi ele mesmo, e com muita alegria! Vou explicar. Uno, jamais. Mas o NOVO uno, a gente adorou, todo completinho e super fofo. Primeiro carro 0km e primeiro carro baiano!

Tá aí nosso brinquedo novo.

Boa semana..
Fê

Próximo post: MEIA MARATONA FAROL A FAROL, se eu sobreviver ao calor...

Projeto Floresta Sustentável - Praia do Forte / BA

O que é que a Bahia tem?

 Muitas pessoas engajadas na preservação do meio ambiente e sua sustentabilidade.

Mas ainda não é o suficiente. Precisamos da conscientização de toda a comunidade local, das proximidades e de turistas.

Dia 01 de outubro (sábado), ás 8:30h será inaugurado o Centro de Educação Ambiental do Projeto Floresta Sustentável, pela Fundação Garcia Dávila. Localizado na Reserva de Sapiranga - Praia do Forte / Mata de São João - BA.

                                               CATELO GARCIA DÀVILA

Neste paraíso que é a Reserva de Sapiranga, em maio deste ano, aconteceu o Running DAVENTURA, evento de cross coutry e corrida de aventura o qual tive a honra de participar. Durante o evento, os participantes adotaram mudas que serão plantadas no dia da inauguração do centro.

Tive a felicidade de participar da premiação geral em 5º lugar, e, além do troféu, ganhei uma muda de Pau Brasil, foi o melhor presente, já plantei no jardim de casa e se desenvolve muito bem.

Eu apoio esta causa,  junto com o pessoal DAVENTURA www.DAVENTURA.com.br 

Vamos participar!

Beijos

Fê

Férias na praia sem problemas

Após um ano e três meses de vida praiana, e sendo minha nova cidade um local visitado por turistas o ano todo, já vi e vivi algumas experiências. Longe de saber tudo (isso é impossível) mas não custa nada dividir as informações para tentar prevenir certas vivências desagradáveis que podem estragar as férias de quem fica longe da praia o ano todo. Principalmente aos pais com filhos pequenos.

Seguem algumas dicas:

1- Você está tranquilamente fazendo uma caminhada pela areia molhando os pés na beirada da água. Eis que, numa dessas idas e vindas das ondinhas, aquela água viva faz questão de passar pelo seu pé ou tornozelo trazendo junto aquele ardor desagradável. O que fazer? Xixi? Melhor não né...

• Na hora, água do mar ou vinagre. Isso ajuda a reduzir a dor. Se ela for intensa, faça uma pasta com vinagre e farinha de trigo. Nunca lave o local com água doce.

Agora, por experiência própria posso dizer que não precisa se assustar caso "pise" na água viva. Na sola do pé, o efeito é nulo, o único susto é o som do estouro.

2-  Com o calor insuportável, você vai até a água se refrescar, e como a visão é prejudicada pelas ondas, você pisa na pedra e corta o pé. Primeira dica. Mantenha a calma! Não faça como eu que com o susto pulei e caí em outra pedra resultando em machucado em dobro, sem contar o mico!

• Lave com água e sabão para evitar infecções e cheque se a vacina de tétano está em dia. Se o corte for superficial, não precisa de curativo. Se for profundo, é necessário levar ao pronto-socorro. 

3- Coisas que eu sempre vejo:

É fato, se ficar algumas horas na praia (com pedras) verá pelo menos uma criança ou um surfista pisando no ouriço. O correto a fazer é:

• Faça uma imersão em água morna e sabão, para diminuir a dor e a inflamação, e não deixe a criança apoiar o pé no chão. Jamais arrisque tirar o espinho. Isso deve ser feito no pronto-socorro.

4- Crianças no calor intenso, brincam muito e suam o tempo todo. Assim, aparece a brotoeja. O melhor a fazer é:

• Dissolva 1 colher (sopa) de amido de milho em 1 litro de água. Enxágüe a criança com este produto ao final do banho. A mistura dá sensação de frescor e reduz o problema.

Final do ano está chegando, hora de começar a planejar as férias!!!

Fernanda Piedade

Fonte: Lucília Santana Faria, coordenadora médica da UTI Pediátrica do Hospital Sírio-Libanês

MEIA MARATONA DA BAHIA!!

Chegou o dia! Lá vamos nós para outra corrida. Minhas companheiras Tia Zú e Mamãe, dessa vez também como participantes. (Agora não me lembro se por vontade própria ou porque eu insisti só um pouquinho...rsrsrs) Adorei dupla, dou o maior apoio!!!!

 Saímos ainda de noite para chegar a tempo. A minha querida duplinha resolveu começar pela caminhada de 4k, e ao meu ver, já é um bom começo...e eu fui de 21k. Chegamos com antecedência, ufa!! Já que da outra vez nos perdemos e quando chegamos já tinha sido dada a largada, então, além de largar sozinha, fui com vontade de fazer xixi....ninguém merece!! Mas dessa vez, tudo seria diferente....tudo!!! Pegamos o chip, passeamos pela arena, encontramos alguns conhecidos de outras provas, alongamos, fizemos xixi (muito importante, eu que o diga!!) E agora era só aguardar o momento!!

Momentos antes da largada, o céu estava bem carregado de nuvens, o que me fez acreditar que ficaria assim durante grande parte do percurso, e facilitaria a vida dos corredores. Mas estava enganada!

Por volta da 7h05 teve início a Meia Maratona da Bahia, e junto com a largada, o sol demonstrou sua vontade de participar da festa e brilhou! Já a largada da corrida de 10k e caminhada 4k, aconteceria 15 min depois.

Saímos sentindo Itapuã, mas logo fizemos o retorno sentido Barra. Como pode, 7h da manhã um sol tão ardido?? Percebi que se quisesse completar a prova, teria que tirar o pé do acelerador, e foi o que fiz. Ainda assim, com água na cabeça, esponja gelada, estava bem difícil. 

Perto do 11k, uma nuvem salvadora ficou um tempinho na frente do sol, olhei no relógio e achei que estava na hora de recuperar para fazer o tempo que planejei, então acelerei dos 11 aos 15k. E lá vem o insistente sol participar da corrida de novo, e justo onde tinha uma subidinha desnecessária pela frente, e de novo achei melhor esquecer o tempo e me preocupar apenas em terminar, já que muitos atletas bem preparados que estavam fazendo uma boa prova, ficaram pelo caminho com sinais de desidratação, apresentando vômitos e perda de consciência. Então, como treino sempre à noite, pouco acostumada com o "sol no lombo" era melhor não exagerar.

Ao mesmo tempo, à vista da orla de Salvador, sempre maravilhosa, amenizava qualquer desgaste pelo sol.

Chegou o 18k, realmente tirando o calor, estava tudo bem, não sentia dores musculares, estava tranquila.. Resolvi apertar um pouco o ritmo, pois quanto mais ficasse alí, pior seria o calor. 

Eis que, exatamente na placa de 20k, o "tão perto" virou "tão longe" num piscar de olhos. Do lado direito do abdome uma pontada insuportável começou a incomodar e tive que diminuir bem o ritmo. Mas se tem uma coisa que me recuso, é andar. Não ia fazer isso de jeito nenhum, mesmo correndo quase que curvada de tanta dor. Na verdade, acho que a causa da dor, foi o excesso de líquido ingerido. A cada 2k tinha hidratação, eu pegava 2 copos, um bebia, o outro ia na cabeça. Dois pontos de gatorade, e mais 2 carb up. Acho que consumir tudo isso correndo....pesou e resultou na dor. E como tudo muda muito rápido, dessa vez, definitivamente tinha esquecido o tempo, já não ligava mais, queria terminar, tinha que terminar. Quando ví  a chegada lá na frente, chorei que nem criança, chorei de dor, chorei de alegria, chorei por vencer o sol e principalmente chorei passando pelo pórtico assim que ví minha querida dupla Tia Zú e Mamãe fazendo festa, batendo palmas e sorrindo pra mim. Vê-las felizes, não tem preço!!! 

Cada prova é única! Essa, não foi diferente, divertida, especial e inesquecível!!!

Ah, sobre a estréia da dupla, arrasaram, terminaram o percurso e ainda fizeram amizade com os médicos de plantão do evento na ambulância, não porque passaram mal, mas porque elas nunca passam despercebidas por onde andam.

 Parabéns minha duplinha, amo vocês!!!

Sobre o meu tempo de corrida, não tenho certeza pois na minha chegada meio atordoada esqueci de parar o cronômetro, e quando olhei marcava 1h59...foi por aí!!! Ainda não saiu o tempo oficial!

Até a próxima!!

Cheiro de acarajé

Tudo tem cheiro. Pessoas, ambientes, lugares e muitas vezes reconhecemos algo pelo cheiro. A Bahia sem dúvida cheira acarajé. A prova disso é que ao pousar no aeroporto internacional de Salvador, e passar pela porta de saída, vem aquele cheiro como em desenho animado que o aroma faz um caminho direto para o nariz. E quando você olha, está lá, a baiana fritando os bolinhos. E você pensa: Sim, cheguei na terra do axé!

Como paulista já meio baiana, eu adoro acarajé. E já me deliciava nos tempos de turista por aqui. Mas, como toda turista desavisada, também já tive meus momentos de desespero com a guloseima em questão.

Certa vez, fui comprar logo que cheguei, afinal férias na Bahia, tinha que começar comendo acarajé. Quando a baiana perguntou como eu queria, quente ou frio? Não hesitei em responder quente. Claro né, vou querer o negócio frio? E nem reparei na preparação. Peguei e dei logo uma mordida gigante! Meu DEUSSSSSSSS!! Fui até a lua e voltei 3x em 5 segundos!! Estava mergulhado em pimenta!!  Reparem, molho de pimenta eu como numa boa, mas o que era aquilo??? Chamem os bombeiros!! Tem um incêndio na minha boca!! Lágrimas escorriam, mal conseguia respirar, gente do céu.....que mico! Bebi tudo de todo mundo que estava perto, e nem assim aliviava. Cuspi, fiz bochecho, e tudo mais que podia pensar naquele momento, e a impressão que tenho é que durou uma eternidade para passar aquela sensação. Recuperada, fui falar com a moça que vendeu. Algo do tipo: Vem cá, tá querendo me matar? E a resposta meio que tirando um sarro: Oxi, você pediu quente!

Bom, aprendi do pior jeito que não se pede nada quente por aqui. Mas, ainda acho que ouve uma pitada de maldade pois percebendo que eu era de fora a pergunta podia ser: Com pimenta? Mas tudo bem....

Comecei a comer acarajé só com camarão, não ia muito com a "cara" dos outros ingredientes. Mas sempre minha mãe falava que era bom, que devia experimentar e certo dia incluí o vatapá. E sim, era bom! Mas...

como tudo comigo parece ser mais difícil, a inclusão do vatapá que eu não estava acostumada, rendeu 3 dias de rainha sentada no trono!

Mais uma lição aprendida, vatapá é bom? É, mas como tem ingredientes muito fortes e eu sou "meio sensível" tem que ser fresquíssimo e de preferência feito pela Mara (prima de mamys) ou pela Irá (nossa prendada vizinha) que cozinham maravilhosamente bem e eu nunca passo mal.

Agora, vivendo aqui, não como muito. Ás vezes, de domingo de aperitivo. Já o pessoal que é daqui...acho que faz parte do cardápio diário, é incrível.

Durante a semana no trabalho, a tarde bate uma fome e vou comprar castanha de cajú, empadinha e sempre vejo as mesmas pessoas na barraca do acarajé. É o lanche!

Até na academia que dou aula esporadicamente, perguntei para a aluna que ia iniciar o treino se estava bem alimentada, já que momentos antes tinha saído uma passando mal porque não comeu. A resposta foi: Ah sim, acabei de comer um acarajé! Aff, como assim? Antes de treinar? Bom, deixá pra lá...

Moral da história. Se você não é daqui, coma acarajé frio e de preferência, pergunte para alguém onde tem um "bom acarajé". Qualquer um saberá responder!!

Bom dia!!!! E segue uma fotinho do protagonista..

Ah, para as mais prendadas, se quiser fazer em casa...segue receita

Lá no Farol....

Neste blog "baianês", não poderia deixar de dedicar um post sobre o Farol da Barra.

O Farol é parte importante da  história brasileira, além de ser um colírio para os olhos. Localizado num dos bairros mais tradicionais de Salvador, frequentado por turistas de todas as partes do mundo o ano inteiro.

O bairro tem tudo, para todos os gostos e bolsos. Hotéis, pousadas, bares, restaurantes, bancos, Shopping e ainda a linda praia de águas tranquilas e areia branca.
Um detalhe que torna o lugar ainda mais especial, é o fato de estar exatamente localizado no vértice da península, ou seja, é possível assistir o nascer e o pôr do sol no mar.
De um lado, é banhado pelo Oc. Atlântico e do outro (na parte interna) pela Baía de Todos os Santos.

Em tempo de festa, como o Carnaval por exemplo, uma das datas mais atrativas para turistas. A farra mais tradicional é o famoso Circuito BARRA - ONDINA. Onde os trios elétricos mais famosos agitam os foliões tendo o Farol da Barra como ponto de partida.

Ainda recebe o ano inteiro eventos esportivos como Provas de Corrida de Rua, Maratona e 1/2 Maratona.

Para quem não conhece, vale a pena fazer uma visita.

Apenas, como uma pessoa que já foi diversas vezes até lá, como turista, como moradora, como atleta, deixo meu pedido para o Governo da Bahia e Prefeitura de Salvador, em relação a preservação do local, limpeza, e segurança da comunidade e dos turistas principalmente.

E você? Já esteve no Farol?

Boa semana

Fernanda Piedade

O caminho do pódio - CORRIDA DA EMANCIPAÇÃO

Tudo começou em janeiro quando peguei o calendário anual de corridas no site da FBA (Federação Baiana de Atletismo) para escolher as provas de 2011.  Afinal, preciso de metas o ano todo para não diminuir o ritmo de treino. Quando ví a Corrida da Emancipação, fiquei toda animada, já que seria a única prova realizada aqui em Lauro de Freitas. Mas tinha tempo ainda, pois a prova seria em julho. Participei de outras provas nesse meio tempo e quando estava chegando a data, fui atrás de informações sobre inscrição, valor e tal. E para minha tristeza, a única prova que seria realizada aqui, não iria acontecer. Enfim, eu continuava os treinos para a meia maratona da Bahia em setembro.

Na primeira semana de agosto, mais precisamente no primeiro dia de agosto, estava navegando na internet  procurando (não me lembro exatamente) algo sobre a meia maratona e acabei entrando errado no site da FBA. E não acreditei no que eu li. Logo de entrada dizia: X Corrida da Emancipação de Lauro de Freitas acontece no próximo domingo 07/08/2011. Não podia ficar fora dessa! Procurei as informações e estava decidida a fazer minha inscrição no dia seguinte.

No mesmo dia, no fim da tarde, comecei a ficar estranha, mole, com dor de cabeça... pensei: Ah não, agora não! Tomei um paracetamol pra tentar cortar os sintomas, nem treinei e fui deitar. Dormi. Acordei pior! Me arrastando, nem fui trabalhar.

Decidi que ia ficar a semana quieta, recuperar as forças porque eu ia correr domingo de qualquer jeito. No final da semana um pouco melhor, fiz a inscrição. Agora, só queria participar.

Chegou o dia!

Acordamos cedo (minha mãe, super companheira foi junto) pois tinha que retirar o kit, número de peito e tal.

Conforme os atletas iam chegando, percebi que os "quenianos" ("queniano" é um jeito carinhoso que eu chamo os atletas de elite, aqueles profissionais que não correm, voam) estavam marcando presença em peso, pois teria premiação em dinheiro. Comentei com minha mãe: Ih mãe, acho que vou correr pra tentar não chegar em último!

O pessoal começou a alongar, aquecer no trote leve, alguns faziam sprints curtos, e isso já era sinal que a galera ia largar em alta velocidade!! O percurso era bem curto (aproximadamente 6k), mas quem me conhece sabe que velocidade definitivamente não é meu forte, vou melhor na resistência, mas já que se está na chuva, é pra se molhar, então bora aquecer os motores!!

                           A presença e o apoio moral de mamys foi fundamental!!!

Hora da largada.
Queria sair na frente, mas tive o cuidado de me posicionar logo atrás do pelotão da Elite para não atrapalhar e não ser atropelada!

                                      Contagem regressiva: 5, 4, 3, 2, 1

Começou! A elite se mandou, claro! E nós, corredoras "normais",  formamos um segundo pelotão. Deviam ter umas 7 mulheres correndo juntas, fazendo aquele revezamento de quem puxa. Procurei me manter próxima para não ter problemas em ultrapassar depois. Passando pela placa de 1k, olhei no relógio que marcava 4:12, abaixo do meu ritmo de treino. O sol e o calor começavam a incomodar e cheguei a ficar na duvida se conseguiria aguentar esse ritmo. Mas estava bem e resolvi manter.

Chegamos na metade do percurso, hora de fazer o retorno e voltar pelo mesmo caminho. Nessa hora reparei que nosso "pelotão" estava se desfazendo, as meninas começaram a diminuir o ritmo, ocasião em que me distanciei um pouco, pensando que poderia "descansar" se é que isso seria possível, quando percebi que outra começava a se aproximar. Ela me alcançou. Minha frequência estava alta, bem alta, longe da minha zona de conforto, mas ainda assim estava bem e por um trecho corremos lado a lado.

Percebi pela respiração dela, que estava mais próxima do limite que eu, que seu esforço era maior, mas ainda assim a moça era bem determinada e estava decidida a vencer. Só que eu também estava.

Ali, lado a lado com a moça, comecei a pensar numa estratégia para vencê-la. A respiração dela estava ainda pior, e no ritmo que estávamos eu também já estava virando pó. Uma vozinha  falava comigo: Aguenta, falta pouco, falta pouco!!

Estávamos no último km, ainda havia uma subida leve e uma reta até o pórtico de chegada. Como nossa frequência que estava no céu de tão alta, a tal subida leve, mais parecia uma parede e a voz continuava.....Falta pouco!

Então, encontrei a estratégia perfeita. Na subida eu ia forçar um pouco mais o ritmo e manter até o final, e se ela não ficasse para trás, então eu não tinha mais o que fazer.

Chegou a subida, eu acelerei, bagunçou toda a respiração, mas fui assim mesmo hiperventilando pra tentar controlar a situação até passar pelo pórtico e........ufa!!! Consegui!!! Cheguei!!!

Não que a moça tivesse ficado totalmente para trás (chegou 4s depois) e assim que eu dei uma recuperada fui direto cumprimentá-la. Super simpática, também moradora de Lauro de Freitas.

Depois conheci a Dani, de Salvador.  Durante o percurso falamos rapidamente e conversamos melhor após a chegada.

Excelente corredora!

A organização da prova estava ótima, tudo ocorrendo dentro do horário e conforme o programado. Agora, era aguardar a premiação, pois havia a chance de pódio na categoria.

Com a premiação do geral feminino, descobri que peguei 7º lugar, atrás da elite e todas eram de fora, Salvador, Feira de Santana.. só feras!!!

                                         Premiação Geral feminino

                                       Premiação Geral Masculino

A prefeitura de Lauro de Freitas, para incentivar as atletas locais, também premiou as 5 primeiras, e não acreditei quando ouvi meu nome no microfone anunciando o 1º Lugar. Depois da semana difícil, não tinha como estar mais feliz!!!

Recebendo a premiação do vice -prefeito

Resolvemos ficar até o final da premiação de todas as categorias para prestigiar os atletas. A Dani, minha nova companheira de provas levou em sua categoria!

                                       Parabéns Dani!!

Logo depois da premiação da Dani, era a minha categoria e me chamaram de novo! Muito feliz!!!

                                       1º Lugar categoria adulta 30

Inacreditável, uma corrida que quase não teve, e depois que eu quase não corri. Consegui completar, dando o meu máximo e ainda voltar pra casa com 2 troféus de lembrança desse dia inesquecível!

Agradecimentos:

Agradeço a minha família, por sempre me incentivar. Em especial, minha mãe, pela companhia sempre e ainda pelo trabalho de fotógrafa. Ao meu marido que mesmo exausto, madrugou para dar carona.

Ao Léo meu cão filho, por me acompanhar nos treinos e me puxar (literalmente) nos treinos de sprint.

A ZAF-Atelie de Publicidade pelo patrocínio.

Ao meu querido amigo André da Equipe Brutus, que me ensinou a correr com "sangue nos olhos" e que mesmo de longe me acompanha sempre!

Aos meus amigos Ramiro e Jéssica pela torcida e apoio sempre!

Até a próxima!!

Carrapatos, ARGHHHHHHH!!!!

Quem tem um companheiro 4 patas em casa, sabe que às vezes recebemos visitas de uns seres pequeninos bem indesejáveis. Em Sampa o problema eram as pulgas. Léo, meu filho cão, voltava pra casa se coçando toda vez que levávamos para brincar no parque de cães na Vila Madalena perto de casa. E era um problema, pois além do incômodo que era a presença das pulgas, ainda descobrimos que era alérgico às criaturinhas e o trabalho era ainda maior. Como pode um cão, vira lata ser alérgico? Até comentei com meu marido, o que seria do Léo se não tivéssemos adotado?

                                    Léo, o vira lata mais lindo do mundo, ainda bebê

Problema resolvido, livre das pulgas, quando Léo tinha 1 ano mudamos pra cá (Lauro de Freitas) e a única preocupação na minha santa ignorância era a adaptação dele com o clima. Ele não tem pêlos longos, mas é muito calorento. E de fato, depois das 8h no inverno, 10min de caminhada era o suficiente para estar com a língua arrastando no chão. O jeito foi acordar mais cedo, e deixar para fazer os passeios mais longos à noite. Léo necessita de passeios longos diários, pois ainda é novo, tem muita energia e é muito agitado.

No verão então, nossos passeios matinais tem início às 6h. Alguns meses morando aqui, Léo já com sua rotina, reparei que ele estava se coçando demais, dei uma olhada e não encontrei nada, depois me falaram que os pernilongos fazem o favor de picar quando estão dormindo, e esse poderia ser o motivo das coceiras. Então, procurei algo que servisse como repelente de mosquitos próprio para cães, mas a coceira continuou...

                                   Léo nos dias de hoje, adora olhar o mar!

Até que minha tia (que já mora aqui faz tempo) disse: Fê, você tem feito vistoria no Léo? Aqui tem muito carrapato. Como citei acima, na minha santa ignorância, achava que carrapato era algo que acontecia com cães mal cuidados, sem banho, que rolavam na grama o dia inteiro, no pasto, ou algo assim. Mas Léo, fica dentro de casa, só vai na grama para fazer as necessidades, não senta e não deita, toma banhos frequentes, não tem como.  Resolvi dar uma olhada para ter certeza. Ela explicou os lugares mais comuns como: entre os dedos, na almofadinha da pata e lá fui eu, abrindo dedo por dedo e na última pata que fui ver..ARGHHHHHHHHHHHH ACHEI UM!!!!! Que nojo!! Saí de perto do Léo, não queria mais encostar nele, não sabia o que fazer...credo, credo , credo!!! Minha tia, muito paciente e experiente no assunto, me explicou como tinha que fazer para tirá-lo, matá-lo e tudo mais. A vistoria, virou rotina, uma rotina insuportável, toda vez que chegava do passeio, e limpava as patas do Léo, aproveitava e olhava dedo por dedo, e o pior é que encontrar essas praguinhas também virou rotina. Eu achava que era no momento em que o Léo ia se aliviar na grama e rapidamente as praguinhas subiam. Mas estava tudo sob controle.

Até que, para meu desespero total, uma noite assistindo tv deitada na cama com o Léo, vi um andando na minha cama. ARGHHHHHHHHHHHHH!!! Dei um pulo, o Léo tomou o maior susto. Eu comecei a berrar e quase grudei no vetilador do teto! Meu marido ficou nervoso com meu escândalo, claro, mas estava difícil parar. Rapidamente peguei o Léo e começei a fuçar, e....putz tem um aqui! Outro aqui!! Outro alí...tarde demais, estava infestado! Mas como? Logo eu que cuidei sempre, sempre tão limpinho!! Mas a questão não era essa, descobri do pior jeito que aqui o negócio é feio de carrapato. Tem grama? Tem carrapato! E, assim como pragas conhecidas como formiguinhas, baratas e tal, os carrapatos entram no pacote de dedetização da casa. Eles invadem a casa como qualquer outra praguinha, mas ao encontrarem um cão no ambiente, é pra lá que vão!! Tadinho, e eu que achei que ele era o culpado, mas na verdade, é a vítima! Começamos o tratamento do Léo, coisa pesada, banhos de veneno, medicamento.... Mas de nada ia adiantar se não dedetizasse a casa. Para isso, teríamos que ficar fora por 2 dias. Fácil, era só passar o fim de semana numa pousada certo? É, mais ou menos, tinha que ser uma pousada que aceitasse a presença do Léozinho. Missão quase impossível, já que Léo é grande, bem grande!

Minha mãe fez a pesquisa e acabou encontrando uma pousada em Jauá, que é perto daqui, para passarmos o fim de semana. Porque o pensamento é o seguinte: Tem que sair? Então vamos aproveitar!!! E lá foi a família toda....

Chegamos rápido ao destino, acho que em 20 min. A pousada não tinha muito conforto, foi reativada recentemente, porém, a localização excelente (de frente para o mar), a praia linda, a recepção foi ótima e a comida maravilhosa!! E o mais importante, Léozinho estava feliz!! Com muito espaço pra brincar!!

                                   Fazendo correria do jeito que gosta!

A praia era ótima, ficamos numa barraca comendo, bebendo...como deve ser! E Leozinho, pela primeira vez podia estar com a gente!

                                       Adora um colinho..

Passamos o fim de semana muito bem, correndo nas dunas, na praia, comendo besteira, e até esquecemos o motivo de estarmos alí.

                                       Almoço delicioso!!

               Você está na estrada e se depara com dunas, eu pergunto: Tem como passar reto???

                            Dava pra passar o dia olhando as ondas baterem nas pedras...

 Foi a melhor coisa, pois os visitantes causaram um stresse terrível. A melhor parte foi voltar para casa LIVRE DOS CARRAPATOS (pelo menos temporariamente), mas pelo menos serviu para ficar esperta, e entender que não depende apenas dos cuidados que eu devo ter com meu cão, mas todos que residem neste clima quente e úmido que é um prato cheio para as criaturinhas. Principalmente no verão, que chove pouco, eles se multiplicam rapidamente sendo fundamental tomar atitudes preventivas a esse respeito, já que além de tudo, esses bichinhos quando contaminados, transmitem doenças.

Há alguns meses estamos livre deles, mas a rotina de vistoria e os cuidados permanecem.

Fica a dica....

Boa semana!!!!